Conheça a história e os elementos que a compõem
Geni Maria Hoss – Eis um símbolo que carregamos sobre o peito com orgulho e determinação. Ele nos identifica, mostra muito sobre o que somos e a quem pertencemos. É a nossa medalha da Aliança de Amor!
Mas, como ela surgiu? Qual sua origem? Bem, este não é o único modelo de medalha para quem se consagra pela Aliança – há, por exemplo, aqueles que utilizam a Cruz da Unidade ou algum outro símbolo pessoal. Mas, essa medalha traz o modelo mais utilizado pela Família de Schoenstatt, pois sua origem vem desde o início do Movimento. Hoje vamos conhecer um pouco sobre sua história.
A confecção da Medalha da Aliança está ligada ao Congresso de Hoerde. Foram os primeiros membros da União Apostólica, fundada em Hoerde, que criaram o “nosso símbolo” – como chamaram na época.
Quem desenhou?
O símbolo foi elaborado pelo Pe. Albert Rexter, o mesmo sacerdote que projetou o quadro memorial, afixado no Santuário Original, com os nomes dos congregados que tombaram na guerra.
O modo como ele surgiu, no início de Schoenstatt, só pode ser conhecido por meio de registros, relatos e referências em eventos e celebrações das primeiras décadas do Movimento.
O registro mais antigo sobre o símbolo está nos materiais do primeiro encontro de dirigentes da União Apostólica, após o Congresso de Hoerde, que aconteceu de 2 a 5 de janeiro de 1920. A imagem era constituída de elementos que expressavam a identidade do jovem Movimento e a inscrição: “Nosso símbolo” (veja na foto). Essa representação passou por pequenas adequações e, posteriormente, foi cunhada em medalha, entregue no dia da consagração. Por esse motivo, é também conhecido por muitos hoje como a “medalha da consagração / medalha da Aliança”.
Capa da Revista
Na revista Mater Ter Admirabilis, de 15 de fevereiro de 1920, foi publicado um relatório do dirigente da época, Alois Zeppenfeld, sobre o encontro de dirigentes, que tratou o tema: “O futuro da União”. Nele, os participantes refletiram sobre os três pilares do Movimento: apostolado, veneração a Maria e autoeducação. No relatório lê-se: “Os pensamentos fundamentais de nosso Movimento foram representados num símbolo elaborado pelo Padre Rexter. O esboço estava pendurado na parede da sala de palestras e representa elementos perfeitamente conectados com as palestras”
De 1916 a 1921, a revista Mater Ter Admirabilis estampou a Mãe Três Vezes Admirável em formato oval na capa. Em 1922, essa mesma revista usou o símbolo que hoje é cunhado no verso da medalha, porém, vários leitores manifestaram sua preferência pela imagem da Mãe Três Vezes Admirável. Por esse motivo, a revista voltou a estampar a capa anterior, de 1923 até o final das publicações.
O símbolo na parede
Em 1927, na véspera do lançamento da pedra fundamental da Casa da União (hoje Casa da Aliança), o Pe. José Kentenich faz referência aos símbolos existentes no local: De um lado, o brasão da comunidade dos Padres Palotinos, São Vicente Pallotti, e, do outro, o brasão da União (o símbolo que está na medalha da Aliança). Isso foi confirmado, em 1946, pelas lembranças de um participante desse evento. Ele relata: “A inauguração da Casa da União, os brasões sobre o portal e as conversas à mesa nos apontaram novamente para a relação Schoenstatt-Pallotti. Nessa época também foi cunhada a primeira medalha da MTA. De um lado foi gravada a imagem da Mãe e Rainha e, do outro, o Santuário com ‘Regnum Mariae’ e o princípio básico: ‘Caritas Christi urget nos!’”.
Identidade e missão
Ao contrário de algum logotipo comercial, símbolos – particularmente símbolos religiosos – são frutos de correntes de vida consolidadas. Como tal, o seu valor se sobrepõe à sua arte e podem ser significativos por gerações e em diversas culturas. O lema escolhido no Congresso de Hoerde “Caritas Christi urget nos – O amor de Cristo nos impulsiona!” (II Cor 5, 14) foi inserido no símbolo e indica a força espiritual do apostolado em Schoenstatt. O símbolo que os primeiros jovens conquistaram se renova a cada geração e jubileu. Após 100 anos, o símbolo cunhado na medalha de Schoenstatt continua a nos lembrar dos valores fundamentais que movem toda a Família de Schoenstatt pelo mundo afora a renovar, sempre de novo e com mais vigor, o seu compromisso de, na Aliança de Amor, colocar-se a serviço de uma Igreja em saída missionária.
“Se tivermos uma medalha da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt e tivermos fé, ao olharmos para o que ela representa, nos recordamos – por este espírito de fé – deste lugar (do Santuário) e nos unimos a este local. Com isto se produz uma mediação de graças, por parte da Mãe Três Vezes Admirável, no sentido da missão da nossa Família de Schoenstatt” (Pe. José Kentenich, 1952)
O que significam os símbolos?
Clique para saber:
Santuário – Lar espiritual da Família de Schoenstatt, fonte de graças e lugar original da Aliança de Amor
Pinheiros – Recordam a paisagem ao redor do Santuário Original, mas são também símbolo da fidelidade, pois o pinheiro é a árvore que permanece firme em meio à adversidade (como quando neva, ele continua em pé apesar do frio)
Espada – Nosso movimento é apostólico em sua essência; a espada recorda o apostolado e a luta, também remete a São Paulo, patrono da União Apostólica. Ela está fincada no alicerce do Santuário, pois é ali que toda nossa vida de Aliança também deve estar ancorada
Círculo – É a representação do mundo, o nosso campo de apostolado. O Santuário está inserido nele, para indicar que vivemos a atuamos no mundo, com destino à Trindade
Cruz – A Cruz também está fincada no mundo e é o caminho que conduz à glória da Trindade; a vida de santidade passa por ela para chegar ao céu
Raios e Trindade – A vida de Aliança, no mundo, conduz à glória da Santíssima Trindade no céu. Esse caminho tem sua raiz fincada no Santuário, que é a base, passa pela espada (luta diária), pela cruz, até chegar ao cume do céu
Caritas Christi urget nos – A frase de São Paulo, “O amor de Cristo nos impulsiona!” (II Cor 5, 14), é o lema da União Apostólica e a certeza que sustenta o apostolado
Regnum Mariae – Significa “Reino de Maria”, pois Schoenstatt é terra mariana, lugar escolhido pela Mãe de Deus
Apostolischer Bund– Significa “União Apostólica” (não é cunhado em todas as medalhas)
Os que já selaram a Aliança de Amor e querem adquirir essa medalha, por favor, entre em contato com os Assessores do Movimento de Schoenstatt em seu local, ou com o Santuário da Mãe e Rainha mais próximo. Endereços AQUI.
Fotos: Karen Bueno
Publicação: out 2021 / jun 2024
Excelente artículo!!! Muchas gracias por compartir la riqueza de la historia de nuestra familia de Schoenstatt. Felicitaciones por el trabajo que hacen para renovar en este Jubileo de Hoerde, el espíritu de los primeros en nuestros corazones.
E com grande beleza e ternura.
Muito bom. Gosto de toda a série de artigos do começo do Movimento.
GRACIAS KAREN !!! HERMOSO ARTICULO. TODOS LOS DÍAS APRENDEMOS ALGO NUEVO. SALUDOS UNIDAS POR AMOR A MARÍA, DESDE CONCORDIA E. RÍOS ARGENTINA
Tão bom conhecer esta história.
Sim, será bem proveitoso, especialmente para quem se prepara para selar a Aliança porque dá mais um estímulo ainda. Alegrias para quem já selou a sua Aliança de Amor.
Mãe Rainha,como é bom conhecer mais profundo o amor com dedicação as medalhas do amor e do trabalho que queremos se dedicar para estar mais inseridos e aprofundar – se na história da mãe. Ela é sol que nos conquista com o selo do amor e Sa Santíssima Trindade.