2º Dia do Tríduo – Também não poderemos todos nós sermos missionários?
Há quase cem anos, em 20 de agosto de 1919, realizava-se um Congresso muito importante para o Movimento Apostólico de Schoenstatt, numa localidade da Alemanha chamada de Hoerde. Por causa disso, ele ficou conhecido como Congresso de Hoerde e nele foi criada a União Apostólica.
Os jovens que ali estavam talvez nem imaginassem que esse ato seria o marco de uma inspirada história: eles dariam suporte para a atual estrutura da grande Família Internacional de Schoenstatt.
Atualmente, como desenvolvimento de Hoerde, a Família de Schoenstatt pode ser comparada a uma grande árvore: esplendorosa e, ao mesmo tempo, desafiadora.
Esplendorosa, porque é formada por muitos ramos: Ligas, Uniões e Institutos, presentes em diversos países por todos os continentes, acolhendo, em seu seio, sacerdotes, consagrados, famílias, jovens, crianças, leigos e leigas a serviço da missão.
Desafiadora, porque a “messe é grande e poucos os operários” na difícil tarefa de formar um homem novo numa comunidade nova, criando uma nova cultura impregnada do espírito de Cristo.
Hoje, aqui, agora!
As palavras de ânimo partilhadas no Congresso hoje também são dirigidas a cada um.
“Meus caros amigos! O dia de encontro da União Apostólica deve igualmente ser, para nós, um ‘dia de Damasco’. Sem dúvida, não poderá cada um de nós tornar-se um ‘outro Paulo’, conquistando o título de apóstolo do mundo? Também não poderemos todos nós sermos missionários? Algo, porém, podemos e devemos conservar e cultivar em nós: o impulso ao grande, ao apostólico. Devemos considerar como nossa tarefa, confiada pela Divina Providência, sermos missionários em nosso ambiente, principalmente nas grandes cidades modernas” [1], dizia Fritz Ernest, um dos protagonistas do Congresso.
Ele continua dizendo que, “com o coração de um Paulo no areópago, devemos lutar por nossos mais elevados bens, tornando-nos fermento na massa, farol que ilumina o caminho entre as frivolidades e obscuridades modernas”.
O “Dia de Damasco” marcou e transformou a vida de Paulo, pois ele ouviu a voz de Jesus e aceitou segui-lo. Esse momento transformador também deve acontecer na vida de todos os que conhecem Schoenstatt. No Santuário, cada vez que atravessamos a porta, a Mãe e Rainha nos apresenta Cristo e renova esse encantamento e entusiasmo pela missão. O espírito de Hoerde é atualizado quando se renova a luta pela santidade na vida diária e o espírito de heroísmo.
Hoje, louvamos e agradecemos a Deus e à Mãe e Rainha pela grande Família a que fazemos parte. Pedimos que o espírito de Cristo seja derramado sobre todos nós, a partir do Santuário, e que muitas pessoas possam receber a graça do abrigo espiritual, da transformação interior e da fecundidade apostólica.
*Material preparado pelas Uniões Apostólicas do Brasil e adaptado
[1] “Pensamentos de São Paulo em relação ao trabalho Apostólico”. Palestra proferida pelo congregado Fritz Ernest no final do Congresso de Hoerde