“Para mim tudo é um Santuário, seja rezando, seja trabalhando, seja viajando, enfim, tudo” (João Luiz Pozzobon)
Ir. M. Eliane Cunha – Neste Dia da Aliança do mês de novembro queremos refletir sobre “onde está o nosso tesouro…”
Nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich – cujo aniversário de nascimento celebramos no último dia 16 – referindo-se a esta palavra da Sagrada Escritura, disse em uma de suas palestras em Santa Maria/RS: “Cremos que, do alto da cruz, Jesus nos presenteou a Mãe de Deus como testamento. (…) Por isso gostaríamos de dizer que ela é o tesouro no prado de paz de Schoenstatt”. (…) E, ao fazer a pergunta, ele segue com a resposta: “Onde está o tesouro que devemos guardar? É a Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt em nosso Santuário”. (24/02/1952)
Pela Aliança de Amor ela se estabelece no Santuário e ali está sempre à nossa espera para entrar em diálogo conosco, para acolher a nossa vida, nossos anseios, dificuldades, alegrias e conquistas.
João Pozzobon encontrou o grande “tesouro” e vinculou-se profundamente ao Santuário – lugar do “tesouro”. Vários testemunhos dele nos atestam isto:
“No dia 11 de julho de 1951, escreveu uma pequena carta a Schoenstatt, satisfazendo um desejo que tinha há muito tempo, isto é, o de visitar o Santuário Original da Mãe Três Vezes Admirável. Como não lhe fosse possível chegar até lá, estudou um meio através do qual pudesse entrar com algo próprio nesse Santuário. Dizia ao Pe. Kentenich: “Envio esta cartinha, com minha fotografia e letra de próprio punho, para que represente minha pessoa no Santuário de Schoenstatt, sempre que lhe seja possível” (Herói hoje, não amanhã, p.59)
“Mãe e Rainha Três Vezes Admirável sempre quero estar vinculado ao teu Santuário. Tenho fé; sinto uma disposição que nunca tive. Para mim tudo é um Santuário, seja rezando, seja trabalhando, seja viajando, enfim, tudo”. (Idem, p.54)
“Posso dizer, com certeza, que assisto a Missa no Santuário há 31 anos. Eu assistia a Missa dominical – o que é um dever de todos – e quando comecei a entrar na educação de Schoenstatt, do Santuário, nesse momento comecei a assistir um dia mais à Missa, no meio da semana; depois mais dois e, assim, pouco a pouco, cheguei à Missa diária. Não queria me comprometer com algo e, depois, abandoná-lo. Queria, antes, amadurecer e depois ir todos os dias. Agora, vou todos os dias ao Santuário” (ibidem, p.80).
O Sr. João também usava imagens de coisas do dia a dia para expressar sua vinculação ao Santuário:
“Referiu-se à aboboreira que, ao ser plantada, vai criando longos ramos que se alastram sobre a terra. De tanto em tanto, prende-se a ela por meio de guias, através das quais a planta se alimenta. Se quando a planta, já estendida a certa distância, com bastante guias que a prendam na terra é cortada de sua origem, pode continuar dando flores, porém não produzirá mais sementes, devido à perda de contato com sua raiz principal”. Usando esta imagem, explicou: “De maneira semelhante devemos permanecer unidos à origem de Schoenstatt, se queremos produzir frutos nesta grande Obra”.
E nós? Temos a consciência de que o Santuário acolhe um “grande tesouro” e descobrimos formas de estar vinculados a ele?
– Podemos fazer nossa visita real ou espiritualmente;
– Podemos renovar nossa Aliança junto a um Santuário ou nos colocarmos espiritualmente nele;
– Também utilizar meios tecnológicos: a janela virtual, o correio postal, as celebrações transmitidas pela web de algum Santuário.
Se somos capazes de ser criativos e encontramos maneiras de estarmos unidos à MTA, no Santuário, significa que descobrimos, de fato, nosso tesouro e, por isso, nele está também nosso coração.
Foto: David Schwarzenberg, pixabay.com