2º dia da Novena de Natal
Vocês recordam o que o anjo disse aos pastores?
Ele, depois de saudá-los, indicou: “Encontrareis uma criança…” (Lc 2,12).
Estas palavras nos apontam um grande fim, um grande objetivo: uma nova filiação!
“Deus se fez homem, nascendo como criança. E nós devemos tornar-nos divinizados pelo caminho do renascimento espiritual – e não somente nas quatro semanas do Advento, mas até o fim de nossa vida”, diz o Pe. José Kentenich.
Jesus coloca esse objetivo – ser como as criancinhas – diante de nós, como uma meta de vida. O que ele pede com isso? Ele deseja um novo nascimento!
Talvez há quem pense: “Nós, como jovens e adultos, não queremos calçar os sapatos de criança…” Mas precisamos distinguir duas coisas que são diferentes: ser criança e ser infantil.
“Se, no Advento, Jesus exige que nos tornemos crianças no sentido do mistério do Natal, não significa que devemos tornar-nos infantis, criançolas diante das pessoas, mas que, perante Deus, sejamos verdadeiras crianças, semelhantes a Jesus no presépio”.
A filialidade, quando é vista num grau mais elevado, significa a dedicação desinteressada de si mesmo, como Jesus sempre viveu. Toda a vida de Cristo foi caracterizada pela atitude filial: vou fazer o que agrada ao Pai, e não o que agrada a mim… A vontade do Pai é para o Filho a medida de todas as coisas (cf Jo 8, 29).
Olhando desta forma, a palavra “filialidade” recebe novo colorido, perde o aspecto de moleza, de falta de vigor e recebe um sentido profundo e transformador.
Para refletir:
– Para ser um filho heroico, o que posso fazer hoje para causar alegria ao Pai?
Reflexões retiradas do manuscrito:
O Objetivo de Vida do Autêntico Cristão, Pe. José Kentenich. Conferência à Família de Schoenstatt de Aschaffenburg/Alemanha – 28 de novembro de 1937