E a família, como vai?
Pe. Francisco José Lemes Gonçalves – Vivenciamos com alegria o Nascimento do Divino Salvador e ainda estamos dentro destas alegrias! Deus veio visitar seu povo, é o Emanuel, o Deus que está conosco. Revestido de nossa fragilidade humana, feito criança, aí se esconde o grande amor de Deus que se revela na gruta de Belém. Somente com os olhos da fé olhamos o Menino de Belém e nele vemos Deus tão próximo de nós que, como diz a canção: “até o posso tocar… Jesus está aqui”!
A Festa da Sagrada Família nos mostra que o próprio Deus quis ter uma família, valorizando assim o matrimônio, as relações saudáveis de homem e mulher, na educação esmerada no amor e no temor a Deus. A Sagrada Família também atravessou dificuldades: recenciamento, procura de abrigo para que Maria pudesse dar à luz, frio (pois era inverno em Belém), exílio – pois Herodes procurava o menino para matá-lo, instalação e acomodação quando estiveram no Egito, o regresso depois que tudo estava ajeitado, a aflição daqueles três dias em que o Menino Jesus ficara no Templo… Diante de todas essas dificuldades, a casa de Nazaré não ruiu, pois estava construída sobre a rocha inabalável da confiança em Deus que realiza suas promessas. Jesus era o centro desta família!
A família como vai?! Era um dos temas de Campanha da Fraternidade. Em nossos dias a família não anda bem. Todos passam por dificuldades e em diversos níveis da vida. Muitas famílias estão se dividindo; nela uns estão se afastando dos outros… por quê? Olhando os núcleos familiares, constata-se a ausência de Deus e o exagerado apego aos bens materiais e à espera de soluções mágicas e rápidas. Quando Deus não é a rocha sobre a qual se constrói a família, não se tem força necessária para superar os “ventos e tempestades” e o final é trágico, a ruína da casa! Quando se tem Deus como alicerce, supera-se as dificuldades e, nessas horas, se unem mais ainda, pois unido se tem força!
Olhar para a Sagrada Família com um olhar de esperança e superação das dificuldades, sempre recordando que no centro dela esta Jesus, o Deus conosco! Dificuldades todos terão, a diferença é que, quando se tem Deus, elas são motivação para o crescimento e amadurecimento da família.
Estamos no ano Jubilar dos 70 anos da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt. Senhor João Luiz Pozzobon (iniciador da Campanha da Mãe Peregrina) tinha como motivação: salvar a família custe o que custar, rezando o Santo Terço. E a Campanha ganhou o mundo e muitas famílias foram restauradas e fortalecidas à chegada da imagem de graças da Mãe Peregrina! Roguemos que nesta Festa da Sagrada Família as famílias sejam restauradas e fortalecidas para viverem mais um ano da graça de Deus que desponta no horizonte.