“Eu vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20).
Karen Bueno / Ir. M. Nilza P. da Silva – A Aliança de Amor com Maria, em Schoenstatt, é uma renovação e aprofundamento da Aliança batismal, uma nova forma de se viver o Batismo. Por isso, ela necessita e quer ajudar que o consagrado viva, em primeiro lugar, seus compromissos de batizado. Quando a Mãe de Deus exige um comprovado amor a ela, a santificação pessoal, a forte exigência sobre si mesmo, o fiel e fidelíssimo cumprimento do dever, uma zelosa vida de oração e muitas contribuições ao Capital de Graças, essas seis exigências significam viver bem o Batismo.
Pe. José Kentenich afirma: “O Espírito de fé nos diz que a aliança batismal contém três elementos essenciais: desprendimento de si mesmo, entrega e disponibilidade. O cristão é separado do mundo, deixa de pertencer a si mesmo, já não é senhor de si próprio, por isso, não pode fazer tudo o que quer. Pertence ao Senhor, a quem se entregou. Foi por ele aceito e unido a sua pessoa. Desta aliança com Cristo e com a Trindade surgem muitas consequências e exigências para a parte humana” [1].
Pelo Batismo o cristão recebe uma vida nova e o presente de ser chamado filho de Deus, isso é causa de grande alegria, mas também implica imensa responsabilidade. O selo de “batizado” pede uma atitude de “batizado”, virtudes e ações que precisam ser cultivadas ao longo da vida como resposta de gratidão ao incomparável presente de ser filho do Pai Eterno.
Direitos e deveres do batismo
O Catecismo da Igreja Católica ensina: “Feito membro da Igreja, o batizado não pertence mais a si mesmo, mas àquele que morreu e ressuscitou por nós. Logo, é chamado a submeter-se aos outros, a servi-los na comunhão da Igreja, a ser obediente e dócil aos chefes da Igreja e a considerá-los com respeito e afeição. Assim como o Batismo é fonte de responsabilidade e de deveres, o batizado também goza de direitos dentro da Igreja: de receber os sacramentos, de ser alimentado com a Palavra de Deus e de ser sustentado pelos outros auxílios espirituais da Igreja. Tornados filhos de Deus pela regeneração batismal, os batizados são obrigados a professar diante dos homens a fé que pela Igreja receberam de Deus e a participar da atividade apostólica e missionária do povo de Deus” (1269-70).
A alegria de viver como batizados
As “promessas e exigências” do Batismo são fontes de alegria, pois nos ajudam a libertar-nos do que nos prende ao mal. Estas incluem renunciar ao pecado e viver a fé católica, que tem seus pontos fundamentais resumidos na oração do Credo, tudo isso pelo grande presente e a alegria da vida eterna. É verdade que não é um desafio simples, requer coragem e ousadia marcadas por um grande amor. Mas, é fonte de alegria, pois nisso se baseia a relação com Deus, na troca mútua presentes de amor.
Como Cristo, sempre em saída!
Ser batizado e selar a Aliança de Amor requer o empenho alegre para ser um homem novo que cria, por seu ser, uma nova comunidade. Deus confia a cada batizado – e isso é mais forte para aqueles que se consagraram à Maria – a missão de ser um outro Cristo para o mundo, transparecendo a misericórdia do Pai e formando, em todos os lugares, uma cultura de Aliança. A Mãe de Deus, em seu Santuário nos educa como esses missionários da Aliança, sempre em saída.
[1] Eu pertenço à Mãe e ela me pertence – Preparação para a Aliança de Amor. 2º Encontro