Estamos num ano muito especial para as mulheres do Movimento Apostólico de Schoenstatt: em agosto completam-se 100 anos da presença feminina na Obra. Ao longo deste período, muitas mulheres incorporaram a Aliança de Amor, vincularam-se ao Fundador e marcaram a história de Schoenstatt.
No decorrer deste ano vamos conhecer um pouco sobre a vida de algumas dessas personalidades. Quem abre esta coluna das “Mulheres de Schoenstatt” é a Sra. Eugênia Mahringer, que foi a primeira dirigente da Juventude Feminina de Schoenstatt (Jufem) e participou da fundação do Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt.
Eugênia nasceu na Alemanha, em 18 de novembro de 1906. Sua mãe faleceu quando ela tinha apenas 3 anos de idade e seu pai, por ser muito envolvido com a política, transmitiu seus conhecimentos à filha ao longo da vida.
Quem foi Eugênia na história de Schoenstatt?
Eugênia conhece Schoenstatt enquanto frequenta o Seminário de Economia Doméstica no Monastério de Siessen e, em 21 de abril de 1928, ingressa na União Apostólica Feminina de Schoenstatt. Ela torna-se professora e ministra aulas de ginástica e esportes em diversas escolas.
Em 1931, o Pe. José Kentenich designa a ela uma grandiosa tarefa: ser a primeira dirigente da Juventude Feminina de Schoenstatt da Alemanha. Nessa ocasião ele lhe diz “Sei em quem pus minha confiança” (2 Tm 1, 12) – esta frase fica tão marcada na vida de Eugênia, que se torna seu ideal pessoal.
Nota-se que ela assumiu verdadeiramente seu papel de guia, entregando-se a este serviço. Seus trabalhos com a Juventude foram tão intensos que Eugênia passa a se dedicar exclusivamente para o ramo. Mesmo quando o nazismo surge como empecilho para a organização de jornadas e atividades da Juventude, ela não se deixa abater e continua sendo guia para todas.
Uma mulher que abre caminhos
Quando o Pe. Kentenich fundou o Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt, em 1946, Eugênia passou a fazer parte do conselho na Província de Stuttgart, tornando-se, mas tarde, superiora regional.
Ela foi uma das personalidades que mais rápido e profundamente compreenderam a missão do ‘31 de maio’, estando profundamente unida espiritualmente ao Fundador durante o exílio. Isso fez com que o Pe. Kentenich presenteasse à sua província, de Stuttgart, a Cruz da Unidade original (que até hoje está neste Santuário).
Por que ela se destaca?
Eugenia Mahringer se destaca por permanecer fiel ao ideal, por aceitar este desafio e fazer o melhor possível. Ela se coloca inteiramente à disposição da Mãe de Deus e confia em seus planos. Eugênia foi protagonista na fundação de duas comunidades femininas do Movimento, ou seja, não tem medo de desafios e confia plenamente na condução da Divina Providência.
Em sua época, podia contar com o Pe. Kentenich que, mesmo repleto de afazeres, tinha o cuidado e o interesse de saber sobre todos os seus trabalhos. Ela manteve-se sempre unida ao Pai.
Como ela nos inspira hoje?
Sua confiança nos inspira a entregar tudo nas mãos de Deus, sabendo que, mesmo na adversidade, alguém muito maior vela por nós. Se nos deixarmos educar pelas mãos de nossa Mãe e nos comprometermos com nossos ideais, estaremos, assim como ela, sendo uma pequena Maria para aqueles que estão ao nosso lado, seja em casa, no trabalho, na escola, na faculdade.
Também percebemos que, durante seu tempo em Schoenstatt à frente da Juventude Feminina, houve a preocupação de não se perder a essência da fundação, de não perder o ponto central de nossa espiritualidade e missão. Quando seguimos um caminho, muitos são os motivos para desanimar e se desviar, mas se permanecermos fiéis e pedirmos que Jesus e sua Mãe permaneçam conosco, só teremos forças para seguir em frente. É como o Pe. Kentenich expressou à Eugênia, “Sei em quem pus minha confiança”, então, só nos resta depositarmos a nossa confiança em Deus, para que sigamos o caminho traçado por Ele, sem se abater.
Texto: Alessandra Veras
Contribuição da Liga Apostólica Feminina de Schoenstatt do Regional Sudeste
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