5º Domingo do Tempo Comum, 09 de fevereiro de 2020
Pe. Francisco José Lemes Gonçalves – Domingo passado celebrávamos a Apresentação do Senhor. Ali, Jesus era visto pelo velho Simeão como “Luz que ilumina as nações”. Jesus é luz do mundo e Maria a portadora dessa Luz; e as obras boas de Jesus deram testemunho do Pai e o glorificaram!
Neste domingo Jesus fala-nos que somos “sal da terra e luz do mundo”.
Que é ser sal?
Ora, o sal dá sabor à comida, conserva certos alimentos sem deixar que estes percam seu saber e eficiência, o sal dá aquele tempero que quando passamos pela cozinha exclamamos: “hummm que cheiro bom!”; o sal também é medicinal quando usado com moderação. Então… somos chamados a dar esse tempero na nossa vida e em nossas relações. Dar gosto bom àquilo que fazemos, permitir que as pessoas saboreiem o melhor de nós. Não podemos ser, no dizer do Papa Francisco, cristãos com cara de “vinagre e pimenta”. Em nossos ambientes devemos exalar o cheiro bom do tempero de nossa fé!
Ser luz do mundo
Essa nossa luz vem a partir da Luz que é Cristo, tal qual a Lua, que nos ilumina com a luz do sol que a banha – e como é lindo contemplá-la nas noites de lua cheia, quando está no seu esplendor iluminada pelo Sol. Assim devemos ser: iluminados pelo sol, que é Cristo, iluminar as trevas em que muitos vivem ou insistem em viver. Não podemos esconder a luz de Cristo que nos ilumina, foi assim no simbolismo da vela acesa no Círio Pascal que, no dia de nosso Batismo, nossos padrinhos seguravam com cuidado, uma vela simbolizando a luz que devemos ser, sempre a partir de Cristo. A luz própria gera cegueira e egoísmo!
Daí que nossas boas obras sejam vistas e deem glória ao Pai que está nos céus! As nossas boas obras devem ser feitas com plena caridade, quando assim são feitas dão sabor e iluminam. Precisamos ter cuidado para não fazermos as nossas boas obras na expectativa de: sermos vistos, elogiados, esperando recompensas ou compensações; já na primeira leitura de hoje (09/02/2020) Isaías nos adverte e nos mostra como devemos fazer nossas boas obras para que as mesmas agradem a Deus: sejam feitas sem grandes pretensões. Na segunda leitura, Paulo se decepciona com sua pregação em Atenas, foi frustrante! Mas em Corinto muda seu jeito de fazer a evangelização: com humildade e linguagem simples para os seus ouvintes. E o fruto… saboroso e luminoso!
Olhando nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, ele nos é modelo de uma vida que deu sabor e luz por meio da Obra de Schoenstatt, que por sua vez dá glória ao Pai pelo bem que fez e faz para a Igreja e seus filhos. Na escola de Maria, em seus Santuários de Schoenstatt espalhados pelo mundo, queremos aprender a lição: sermos bons temperos nas nossas realidades e circunstâncias; iluminar as situações de nossa vida e as das pessoas que estão sob nossos cuidados; que nossas boas obras deem testemunho da filialidade com o Pai do Céu.