Uma personalidade que inspira gerações
Maria Rita Fanelli Vianna – Em 2020, com muita alegria e gratidão, celebra-se o centenário da Coluna Feminina em Schoenstatt. Contemplando as personalidades femininas que marcaram a história do Movimento Apostólico, trazemos BÁRBARA KAST RIST, uma das heroínas da Obra de Schoenstatt.
Quem foi Bárbara Kast?
Ela nasceu em 24 de julho de 1950, na cidade de Thalkirchdorf, Allgan, um pequeno povoado ao sul da Alemanha. Em 1951 sua família muda-se para o Chile, fugindo da guerra; Bárbara tinha, então, 8 meses.
Durante os primeiros anos no Chile, a família passa por grande dificuldade econômica. Na juventude, Bárbara torna-se aluna do Colégio Mariano, que pertence às Irmãs de Maria de Schoenstatt, em Santiago. Ali ela conhece o Movimento Apostólico de Schoenstatt.
Em setembro de 1967, Bárbara é convidada a participar de um acampamento da Juventude Feminina de Schoenstatt (Jufem), onde experimenta uma profunda vivência schoenstattiana que marcará toda sua vida. Mais tarde ela torna-se dirigente de grupos da Jufem, apoiando e incentivando todas as jovens para uma vida de entrega a Cristo.
Traços marcantes de sua personalidade
– Aluna exemplar
– Autoeducação: “Seu temperamento forte e dominador fazia com que entrasse muitas vezes em choque com os que a rodeavam”, destaca sua biografia. Mas também estava “aberta a reconhecê-lo e disposta a deixar-se educar neste sentido, a fim de poder exercer sempre uma influência positiva sobre os demais”, escreve a diretora do seu colégio.
– Vinculação profunda à Pedagogia de Schoenstatt, pela qual esforçou-se na autoeducação, fazendo despertar em si mesma, entre outras características: o companheirismo, a serviçalidade, a maturidade, presente também na ajuda que prestava aos pais em serviços no campo e no trato de seus irmãos
– Fidelidade à Aliança de Amor
– Fidelidade também ao Fundador, Pe. José Kentenich: “Procurarei imprimir totalmente o selo do Pe. Kentenich em cada coração do grupo. Sei que a Mãe me ajudará, desde o alto” [1].
– Busca constante da verdadeira pureza, virtude que implorava desde pequena
Ideal pessoal
Após selar sua Aliança de Amor, em 8 de dezembro de 1968, Bárbara descobre seu Ideal Pessoal: “Tabernáculo de Deus, portadora de Cristo e de Schoenstatt para os homens”, como nos mostra outra nota de seu diário: “Mãe de Deus! Minha missão no mundo é: com tua ajuda e amor, preencher-me de Deus, de Cristo… e dá-lo logo aos demais. Essa é minha missão: levar Deus a todos os homens, mas eu o farei negando-me a mim mesma, para que Cristo e tu atuem através de mim”.
Morte precoce
Aos 18 anos, em 29 de dezembro de 1968, Bárbara volta ao encontro do Pai Eterno, em consequência de um desastre de carro. Parece que previa a sua morte, quando escreveu em seu diário: “… no dia em que o Pai me chamar, irei junto com Cristo até Ele, porque Cristo estará, desde sempre, em forma viva no meu coração, porque sou um Tabernáculo”.
Um modelo para as mulheres atuais
Embora com uma vida terrena curta, Bárbara segue como modelo não só para as jovens da Jufem, mas é também exemplo, modelo e heroína para todas as mulheres.
Todas podem espelhar-se nas características dessa jovem, que se sobressaiu em vários aspectos. Vejamos alguns:
– Em seu esforço de ser uma aluna exemplar, Bárbara cumpriu de maneira fiel e fidelíssima seus deveres. Qualquer que seja o estado de vida da mulher (solteira, casada, viúva, profissional, dona de casa, jovem estudante), ela deve ser a concretização dos planos da Divina Providência, assumindo tudo o que vier como preciosa contribuição ao Capital de Graças da Mãe de Deus.
– A Pedagogia de Schoenstatt é de imprescindível ajuda na autoeducação, na formação do homem novo, da mulher nova. Quando a mulher se deixa lapidar pelo “modelador, o Deus do amor eterno” (cf. Rumo ao Céu, 403), como o fez Bárbara, descobre que pode viver, com amor: o companheirismo, a serviçalidade, a verdadeira caridade com todas as pessoas ao seu redor. Ser madura, viver a maturidade é saber dizer ‘sim’ à Palavra de Vida que Cristo nos deixou e saber dizer ‘não’ às correntes de culturas que a sociedade tenta impor à mulher.
– A pureza era um anseio na vida de Bárbara – um conceito tão desprezado, tão alterado pela sociedade atual. A mulher pode e deve meditar sobre o que é a pureza em si, como, onde e quando deve viver a pureza, tendo como modelo a mesma que essa jovem teve: a Mãe de Deus.
*Contribuição da Liga das Mães de Schoenstatt do Regional Sudeste
[1] Anotação em seu diário, 18 de outubro de 1968
Referências:
– Pe. Esteban. J. Uriburu. Bárbara, su persona, una missión
– http://sitejufem.vila.bol.com.br
– Pe. Esteban J. Uriburu. Bárbara Kast – Tabernaculo de Deus, portadora de Cristo e de Schoenstatt para o homens. Sociedade Mãe e Rainha, 1ª edição em português, 2011.
Leia também: