“Sempre me sobrevêm uma silenciosa admiração quando, já desde as primeiras páginas do Novo Testamento, o evangelista São Mateus nos revela, com toda a naturalidade e singeleza, como vivia São José, cumprindo a vontade divina” (Pe. José Kentenich) [1]
Pe. Francisco José Lemes Gonçalves – Poucas coisas temos a seu respeito nos evangelhos, mas são o bastante:
– Esposo daquela que Deus fez Imaculada para ser a Mãe de seu Filho Unigênito;
– Justo: agiu conforme a justiça, para não prejudicar a santidade à qual Deus cumulou sua esposa – em merecimento disso, Deus o confirma como esposo de sua Serva e sacramenta o matrimônio, como sinal do amor de Deus na união do homem e da mulher.
– Pai de Jesus: Deus confia a ele seu Unigênito e, sendo José da casa de David, Deus confirma por meio de José a linhagem real davídica de Jesus, conforme o mesmo Deus prometera a David, seu servo.
São José é esta imagem do homem fiel a Deus e à sua Esposa, pai presente, esposo amoroso; exemplo para os que ainda não entendem a sacralidade do matrimônio e a vocação paterna que, junto à mãe, garante aos filhos o crescimento equilibrado, saudável e fraterno no lar.
Por isso foi eleito Patrono da Igreja, a grande família de Deus. Nós, sacerdotes, olhando para José devemos cuidar com zelo esponsal da Igreja que é esposa de Cristo e com zelo paterno dos seus filhos que são gerados pelas águas do Batismo.
São José, no seu silêncio, nos ensina que devemos ouvir mais a Deus. Ele é, também, modelo de disponibilidade aos planos de Deus, pois abre mão de seus projetos, já que os de Deus são maiores e melhor; por isso, como sua esposa também teria dito: “Eis aqui seu servo; faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Ele e Maria cooperam na obra de nossa salvação.
Depois de Maria, José foi quem mais teve intimidade com Jesus, a ponto de Cristo ser conhecido como o “filho do carpinteiro”.
Olhando para o Santuário de nossa Mãe e Rainha, recordamos que quando ela se estabelece, também traz consigo seu esposo e juntos, deste local de graças, mostram Jesus, o fruto da fé que ambos geraram no coração.
Nosso Pai e Fundador e um dos jovens que mais marcaram a história de Schoenstatt trazem em seus nomes esta presença Josefina: Pe. José Kentenich e José Engling. Ambos cuidaram de Maria com amor esponsal e filial. Como José, deram seus corações como morada de tão digna esposa e mãe. Como José, levaram-na com seu Divino Filho pelos desertos do mundo. Como José, cuidaram da Igreja como esposa – nosso Pai e Fundador traz escrito sobre seu sarcófago este amor josefino pela Igreja como esposa de Cristo na frase Dilexit Ecclesiam (amou a Igreja).
Roguemos, pois, a São José que junto com sua Esposa interceda pela Igreja e em especial pelo nosso Papa Francisco, que há sete anos escolhia esta data para o início de seu Ministério Petrino.
Dia 18 celebrávamos a Aliança de Amor com nossa Mãe e Rainha, nosso Pai e Fundador e também nos fala da Aliança de Amor com São José…. Vejamos o que ele nos fala e vamos, de hoje em diante, dar um canto novo a José em nossa vida:
“Queremos gravar em nós, ou melhor, inscrever no coração que a Aliança de Amor com a querida Mãe de Deus deve ser também uma Aliança de Amor com São José… Aquele que permaneceu no canto, deve sair de lá e receber um canto novo em nossos corações!” (1950).
[1] Pe. José Kentenich. Santidade de Todos os Dias. 1ª parte, da vinculação a Deus. 1º Capítulo: Na atitude em relação ao pecado