Que testemunho damos ao mundo sobre nossa família?
Guilherme e Ana Paula Paiva – Em 1993, reconhecendo a importância da família como célula básica da sociedade, a Organização das Nações Unidas instituiu o Dia Internacional das Famílias. A intenção da celebração é a conscientização a respeito do papel determinante da família no progresso da civilização e também da preservação da Humanidade.
Em geral, a cada 15 de maio, o secretário-geral da ONU emite uma manifestação pública em que analisa os diversos problemas enfrentados pelas famílias e também possibilidades de solução, como, por exemplo, a relação família-trabalho e seu equilíbrio, a inclusão social dentro da família, o relacionamento e amparo entre jovens e idosos da mesma família, o uso excessivo de tecnologia e consumo e seus reflexos, os níveis de alfabetismo, controle de doenças que atingem a infância e os mais necessitados, entre outros.
Para nós, católicos, a consideração pelas Nações Unidas da Família como sendo a força motriz da sociedade humana, é um lembrete de que também nós, em nosso dia a dia, devemos nos conscientizar a respeito de nossa própria força e importância.
Não obstante todas as tentativas de flexibilizar o conceito de família e de destruí-la enquanto considerada essencial no plano salvífico de Deus, nosso papel é o de colocá-la em evidência: pela alegria que temos em vivenciar nossa vocação familiar à sombra de nosso Santuário.
A Obra Familiar de Schoenstatt possui o importante papel de fornecer a toda a Obra o acolhimento e o espírito familiar, que naturalmente portamos, e nosso carisma igualmente presenteia essa beleza que é ser família a todos a quem encontramos. A alegria e gratidão que emana de nós, nosso empenho pela santificação do lar e dos filhos, a riqueza de cada vocação original dentro da Obra de Famílias é nosso presente a toda Igreja.
Por quantas vezes nos deparamos com ataques às famílias? Quantas vezes nos encontramos angustiados ao presenciar tentativas claras de destruição? Sabemos que são muitas essas oportunidades. Mas, hoje queremos nos fazer outra pergunta:
- Como temos testemunhado a beleza da vocação matrimonial? Carregamos grilhões pesados da dura rotina com os filhos, de cansaço e dificuldades, ou estampamos o sorrido sereno de quem abandona os cuidados dos seus a Deus, experimentando nossa vocação com alegria e magnanimidade?
- Nossa vida faz boa propaganda do “ser família” ou passamos nosso tempo livre com os amigos ressaltando como o casamento é um fardo, como o cônjuge tem defeitos e como as nossas noites de sono nunca mais foram as mesmas após os filhos?
Evidentemente, pensando na pedagogia de Schoenstatt, nosso Fundador, Pe. José Kentenich, teve lindos sonhos para a Obra Familiar. A grandeza da co-criação do mundo através do dom da fecundidade e da educação dos filhos, a expressão atualizada da Sagrada Família de Nazaré, a vivência da Aliança de Amor no seio da relação conjugal, o heroísmo que se demonstra em uma vida ascética em meio às panelas, filhos, trabalhos, rotinas familiares, realmente nos devem dar um sadio orgulho pela missão tão especialíssima que possuímos: sim, somos a célula básica que suporta toda a Humanidade e é em nosso seio, vivenciado à sombra do Santuário, que se decidirão os destinos do mundo.