“Concede, ó meu Deus, que todos os espíritos se unam na verdade e todos os corações no amor”
Ir. M. Rosequiel Fávero – Recordamos hoje 110 anos da ordenação sacerdotal do Pe. José Kentenich, fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt. Vivemos esta data em tempos conturbados no mundo com a pandemia, mas também na Igreja e em nossa recente história do Movimento. Crentes no que Deus nos presenteou nesse mais de um século de Aliança de Amor, continuamos a olhar gratos e confiantes para o instrumento que Deus escolheu e educou para trazer a Família de Schoenstatt à vida.
Como poderíamos caracterizar o Pe. Kentenich?
Pe. Engelbert Monnerjam (1922-1997), do Instituto dos Padres de Schoenstatt e primeiro postulador da Causa de Canonização do Pai e Fundador, foi um grande conhecedor do Pe. Kentenich, além de um discípulo fiel. Na introdução da biografia ‘Uma vida pela Igreja’, por ele escrita, caracterizou assim o Pe. Kentenich:
“Uma afirmação que permite visualizar um traço essencial da figura do Pe. Kentenich é: “homem da Igreja”. Foi “homem da Igreja” por ser sacerdote. Durante toda a sua vida considerou a ordenação sacerdotal, recebida no dia 8 de julho de 1910, com um radicalismo irrevogável, como entrega total a serviço de Cristo e assim, a serviço da Igreja. A Igreja foi o seu grande amor. Por isso, em sua vida e em sua atuação como sacerdote, deu a máxima importância não só à sua vontade e à sua obra, mas à vontade e à obra de Deus, o que vale dizer, à obra da Igreja. Porém, em seu caso, a caracterização como “homem da Igreja” tinha ainda um sentido próprio e profundo. Ele deveria não só estar a serviço da Igreja, mas ainda deveria desempenhar na Igreja uma missão especial a ele confiada pelo próprio Deus. Esta missão consistiu na fundação de suas comunidades. Deveria enriquecer e fecundar a Igreja com novas comunidades” (Uma vida pela Igreja, p. 17)
Dilexit Ecclesiam quis nosso Pai e Fundador que fosse a única inscrição em seu sarcófago. Um sacerdote, homem da Igreja, que amou a Igreja e que deixou para a sua fundação este amor como legado e missão.
Sim! Hoje, justamente nas situações que vivemos: “Sim, Pai! Tua herança é nossa missão!”