30º Domingo do Tempo Comum
Pe. Francisco José Lemes Gonçalves – Caminhamos para o final deste mês dedicado à Oração do Santo Rosário e as Missões. Encerramos com o Evangelho no qual Jesus, interpelado mais uma vez para ser tentado, responde que o amor a Deus e ao próximo é o resumo de toda a Lei e os Profetas! Sim quando se tem amor, e este é um amor de entrega, tal qual Jesus nos fez e faz a cada santa missa, agradamos a Deus e quando a ele recorrermos, nos atenderá prontamente.
O próprio Deus, na primeira leitura, se mostra Amor e deseja que seu povo não saia à opressão e acabe virando opressor de si mesmo e dos outros, esquecendo o quanto Deus fez por eles aos livrá-los da escravidão e conduzi-los deserto afora até a Terra Prometida. Sim, temos a capacidade de esquecer e, de repente, de oprimidos passamos a ser opressores! Com facilidade nos esquecemos da mão bondosa de Deus, que de muitas “escravidões” e muitos “faraós” nos livrou. Por isso, é necessário sempre fazer memória deste amor na concretude de nossos atos de amor para com os mais pobres, em especial aqueles que a pandemia tornou mais vulneráveis.
Para o amor não basta saber e discursar, ele deve ser concreto na vida diária. Jesus é-nos grande modelo desse amor. Amou até estes que vemos no evangelho de hoje, que queriam armar-lhe uma armadilha e pegá-lo numa palavra dita de maneira incorreta. Devolvendo com amor a questão que lhe era colocada com maldade de coração. Precisamos aprender, do Coração de Jesus, a devolver com o bem e com amor o mal que nos é dirigido. O verdadeiro discípulo missionário de Jesus não segue a lei de talião: “olho por olho, dente por dente”. Sim, o amor e, mais uma vez, o amor de entrega, sem muitas vezes nada esperar de volta!
Neste Domingo da Páscoa Semanal de Jesus, lembramos um santo brasileiro que viveu a pobreza de Cristo que inspirou Francisco de Assis, celebramos Santo Antônio de Sant’Ana Galvão; nascido em Guaratinguetá/SP. Missionário, pregador da Boa Nova, revestiu-se da Palavra. Quantas vezes os irmãos pobres, doentes e desvalidos dele precisaram e eram atendidos com sua bondade e caridade. De suas famosas pílulas, contendo uma frase à Virgem Maria, aos milagres que o Bom Deus nele operou, para que, vendo suas boas obras, dessem glória a Deus!
Roguemos a “São Frei Galvão”, carinhosamente assim chamado pelo nosso povo, que interceda junto à Virgem Imaculada – a qual era devoto – o fim desta pandemia e a nossa urgente conversão e que diante de tudo que estamos a viver, sejamos solidários num amor verdadeiro que brota do coração de Jesus!
Leituras deste domingo
1ª Leitura – Ex 22, 20-26
Salmo – Sl 17
2ª Leitura – 1Ts 1, 5c-10
Evangelho – Mt 22, 34-40