Como anda sua leitura? O que isso tem a ver com a Aliança de Amor?
Alessandra Veras – Hoje queremos trazer uma reflexão acerca de uma data comemorativa que pode passar despercebida para muitos: o Dia Nacional do Livro. Este objeto, que é sagrado para alguns, leva conhecimento e informação para outros e é a porta de entrada para tantos lugares.
O dia 29 de outubro foi escolhido por ser, também, a data do aniversário da Biblioteca Nacional, localizada no Rio de Janeiro.
O livro passou por diversos formatos ao longo do tempo, sendo escrito em papiro, que era feito do caule de uma planta, e pergaminho, feito de pele de animais e mais resistente. Mas, a grande inovação foi na Idade Média, quando Guttenberg criou a prensa, com letras e símbolos esculpidos em metal, e pôde imprimir a Bíblia pela primeira vez. A técnica foi se espalhando por todo o mundo, evoluindo e chegando ao que temos hoje. Os livros, no Brasil, eram trazidos da Europa, com a corte portuguesa, e só pelas décadas de 1930 e 1940 é que a indústria editorial surge por aqui.
Na história, o livro também foi símbolo de poder, em que os mais poderosos detinham o conhecimento e subjulgavam os mais simples, impedindo-os de crescer no aprendizado e na autonomia. Hoje, é possível perceber um movimento contrário, em que se quer privilegiar o acesso à informação e ao conhecimento, por meio de diversas iniciativas de setores públicos e privados, para todos. E, segundo Castrillón (2011, p.20) precisamos estar convictos “[…] de que ler pode ser um meio para melhorar as condições de vida e as possibilidades de ser, de estar e de atuar no mundo.”
Mas e o que tudo isso tem a ver com nossa vida de Aliança?
O acesso aos livros nos faz enxergar diversas perspectivas e nos colocam em contato com outras realidades. Ao ler, adquirimos informações que poderão nos auxiliar a olhar para o próximo de outra forma, além de permitir que sejamos sensíveis às necessidades dele. A leitura permite que, entendendo que existem outras formas de se olhar o mundo, possamos atuar de modo mais efetivo em nossas comunidades.
Pensando na história de nosso Movimento, se não fossem os registros feitos à mão, datilografados, das transcrições de palestras e dos diários pessoais, não teríamos acesso à tanta riqueza. Para que a Aliança de Amor chegasse a tantos lugares, foi preciso que alguém registrasse essas informações e pudéssemos estudá-las para aprofundar neste tema. Em nossa formação, enquanto schoenstattianos, os livros possuem um valor importantíssimo, pois é por meio deles que conseguimos entender os pensamentos de nosso Fundador, o contexto histórico em que Schoenstatt nasceu, além de descobrirmos e nos inspirarmos na vida de nossos heróis. E, tudo isso, nos permite levar o Evangelho e a Mãe de Deus para todos os que encontramos.
E não podemos deixar de mencionar que, ao sermos um Movimento de educação, de autoeducação, podemos cultivar o hábito da leitura em nossas vidas. Ler é hábito, ninguém nasce leitor, mas podemos cultivar pequenas atitudes que aumentem nosso gosto pela leitura.
É importante que você encontre um tema que goste de ler, para que a curiosidade de saber o que vem a seguir seja motivo para continuar. Mas, se o que começou a ler não está fluindo, tudo bem você parar e começar outra coisa.
Você pode, ainda, estabelecer uma meta de leitura. Por exemplo, determinar se lerá um capítulo por dia ou uma determinada quantidade de páginas; pode estabelecer um prazo para sua leitura e dividir o número de páginas do livro pela quantidade de dias; ou, ainda, estabelecer um tempo de leitura diário. Lembre-se: a leitura deve ser prazerosa, trazer a sensação de bem-estar, aumentar seu conhecimento.
E não se pode falar em livros sem citar alguns títulos que nos estimulem à leitura.
Para conhecer mais sobre o nosso Movimento, leia “150 perguntas sobre Schoenstatt”, no formato de perguntas e respostas que nos ajudam a compreender mais sobre nossa história, espiritualidade etc.
Temos também “Documentos de Schoenstatt”, para compreendermos e aprofundarmos nossa vida de Aliança e entendermos a origem.
Em “Gertraud von Bullion: Serviam: uma resposta de amor”, conheceremos mais sobre a vida desta heroína que abriu os caminhos para a entrada das mulheres em Schoenstatt.
Não podemos esquecer da biografia de nosso Pai e Fundador, “Pe. José Kentenich: uma vida pela Igreja”, em que aprendemos sobre sua vida e caminhada ao longo dos anos, bem como suas alegrias e dificuldades pelo caminho.
Estes são apenas alguns exemplos entre muitos, pois há muita riqueza em nossa literatura. Boas leituras!
Referências
CASTRILLÓN, Silvia. O direito de ler. In: CASTRILLÓN, Silvia. O direito de ler e de escrever. São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2011. p. 14-30.
CRB-8. 29 de outubro – Dia Nacional do Livro. 2018. Disponível em: http://www.crb8.org.br/29-de-outubro-dia-nacional-do-livro/. Acesso em: 20 out. 2020.
FRANCO, Gyullia. 29 de outubro – Dia Nacional do Livro. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-livro.htm. Acesso em: 20 out. 2020.