“O que vos digo, digo a todos: vigiai!”
Pe. Francisco José Lemes Gonçalves – Iniciamos com este Domingo, o Primeiro do Advento, o Ano Novo Litúrgico da Igreja – que não coincide com o ano civil. Com estes QUATRO DOMINGOS nos prepararemos, incluindo a NOVENA DE NATAL, neste belo tempo de fazer memória histórica da Encarnação e Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. No simbolismo da COROA DE ADVENTO, acendendo num crescente as quatro velas que iluminam o mundo (circularidade da coroa), nos enche de esperança (sua cor verde) pois, mais uma vez o bom Deus nos dá a graça de fazer memória do dia em que, pelo sim da Virgem, o céu tocou a terra e veio morar entre nós!
Viveremos um Advento, Novena de Natal e Natal diferente por conta da pandemia. Por isso, deve ser melhor ainda e bem celebrado. Tempo de avaliar a ação de Jesus em nossas vidas, nosso testemunho e nossa coragem de, como Maria e José, dizer nosso “eis me aqui… faça-se”. Talvez um Natal mais do jeito da Família de Nazaré: sóbrio, entre os pobres, sendo o centro de nossas mesas a manjedoura onde nasceu pobre entre animais e pastores. Numa família mais próxima, sem os parentes e amigos… pois assim foi com José e Maria. Creio que Deus queira, para quem nele crê e faz o bem ao próximo, um Natal despojado para assim nos surpreender, como fez com os pastores e magos, do pequeno Menino das Palhas – como dizia Francisco de Assis, nos surpreender pela pequenez e grandeza de Deus!
E a liturgia nos prepara com o tema da VIGILANCIA. Vigia, diz o Senhor! O Advento tem essa dupla mão: contemplando o Mistério Histórico da Encarnação (pois Deus veio mesmo a Terra numa família!), também estarmos atentos para a Vinda Segunda do Senhor. Não sabemos o dia e nem a hora, mas estejamos vigilantes pela oração, fração do pão, ação de graças, solidariedade para com os pobres (não somente nestas épocas, mas em toda as ocasiões); viver o hoje proposto por Deus, pois o futuro a Ele pertence e o passado está no oceano de sua misericórdia!
Temos umas ótimas companhias para essa vigilância: Maria e José. Aliás, dezembro deveria ser também o mês de Maria, pois é o mês que se completa seus dias para a dar à luz aquele que é a LUZ! Contemplando-a já em seu nono mês, queremos percorrer com ela o caminho que nos leva a Belém do nosso coração e permitir que ela recline mais uma vez seu Menino Luz na manjedoura de seu coração.
Com nosso Pai e Fundador façamos de nossos Santuários de Schoenstatt uma Nazaré, onde, com Maria, passamos ser visitados pelo anjo do Senhor e na docilidade ao Espírito gerar Jesus novamente para o mundo; e um Belém onde Cristo nasce todo dia, nas santas missas, nas aberturas das portas dos sacrários onde ele fica à nossa espera. Um Feliz e Santo Tempo de Advento!