Nesse dia 08 de dezembro celebramos a festa (e o dogma) da Imaculada Conceição.
Ana Paula Paiva – Sua festa foi definida ainda em 1476, pelo Papa Sisto IV (São Tomás de Aquino já falava, abertamente, em 1252, que Maria foi imunizada, pela Graça, do pecado original), mas o dogma da Imaculada Conceição foi proclamado em 8 de dezembro de 1854, pelo Papa Pio IX.
Podemos recorrer a ela
É crença católica, portanto, que nossa Mãe foi concebida sem o pecado original, por Graça gratuita de Deus, e que a Ela podemos recorrer – grande consolo e refúgio dos pecadores – para conquistar as virtudes, buscar a santidade e nos afastar do pecado.
Muitas vezes nos referimos à Imaculada Conceição com ênfase em Sua pureza e castidade. E o fazemos bem: sem dúvida Sua preservação do pecado original se funde com sua pureza, digna de veneração, e muito ensina quanto à vivência de nossa castidade, conforme nosso estado de vida e vocação.
Imagem ideal do ser humano
Mas, quando falamos da Imaculada também nos referimos – como nos diz o Fundador, Pe. José Kentenich – à imagem ideal do ser humano. Ou seja, Nela encontramos nossos referenciais de ação e de nossa essência como filhos de Deus. Em Maria, encontramos a resposta para a toda a crise existencial que experimentamos hoje.
Em tempos vazios, em que o homem não encontra mais a Deus em si mesmo e o procura, sem êxito, fora: nos prazeres, no consumo, nas mentiras narradas como verdades relativas, é que “na Imaculada contemplamos a plenitude dessa ajuda adequada. Na Santíssima Virgem se apresenta, para nosso tempo, a imagem do ser humano pleno, do cristão pleno, plenamente redimido. Na imagem da Santíssima Virgem, a Imaculada, a Medianeira, resplandece para nós o sol da dignidade e nobreza supremas que o ser humano pode alcançar”.
Plenitude de vida e santidade
Refletir sobre a Imaculada Conceição também é meditar sobre os altos ideais de plenitude da vida e da vocação universal à santidade, a que todos nós fomos chamados. A Imaculada é nosso exemplo de equilíbrio e, sobretudo, de organicidade (equilíbrio). Nosso fundador sempre ressaltou que o impulso fundamental – de todos os homens e em todas as circunstâncias – é o de nossa natureza e nossa alma elevar-se. Temos saudades da “Casa Paterna”, sentimos o forte desejo de nos unir a Deus, de nos afastar do pecado, de buscar os altos ideais. E, ele, continua: “por isso quem medita sobre Ela (sobre a Imaculada) sentirá que dentro de si se acende o anelo de totalidade, de plenitude, de natureza intacta, de superação de todas as coisas enfermas de nossa pobre e fraca natureza”.
Caminho de volta dos filhos ao Pai
Buscar a contemplação da Imaculada Conceição em nossa vida concreta é, portanto, nos aproximar de Deus como filhos amados e prediletos. É encontrar, na vivência de nossa vocação os impulsos que precisamos para voltar à Casa do Pai, para nos santificar no dia-a-dia, para aplicar os meios ascéticos de Schoenstatt, buscando amadurecimento e profundidade espiritual.
Que nossa Mãe Imaculada, com a qual selamos uma Aliança de Amor, nos eduque e nos ensine as trilhas pelas quais devemos caminhar para encontrar plenitude da vida e de nossa vocação.
———-
Citações retiradas de: Kentenich Reader, tomo 3 (Seguir al profeta), pgs. 15-17.
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO , Rogai por nós e nossas famílias. Nossa Mãe e Rainha! Amém!