“Queremos espelhar-nos em tua imagem e renovar nossa Aliança de Amor” [1]
Ir. M. Claudete Rauen – O dia 18 é, para os filhos de Schoenstatt, um dia especial e não há como nos esquecer dele, pois recorda-nos o acontecimento central da nossa espiritualidade. Certamente podemos afirmar que não existe schoenstattiano sem fé no 18 de outubro de 1914, da mesma forma, também não existe schoenstattiano sem um apego cordial ao Santuário.
O importante não é o que fazemos, mas o que somos. No Santuário aprendemos que todos os nossos esforços só darão frutos abundantes quando transparecer, do nosso atuar, uma profunda união com Cristo e sua Mãe e eles puderem atuar através de nós. Vive heroicamente aquele santo da vida diária que não chama a atenção por este ou aquele ato extraordinário, mas que vence a “batalha” em seu próprio coração e não recusa nenhum “sim” ao bom Deus.
O Santuário é o lugar onde mora a saudade. A saudade é o afeto originário de Schoenstatt. Mas esta saudade só se torna realmente vigorosa quando unida à fé firme de que, pela Aliança de Amor, Maria, a Mãe Três Vezes Admirável, a partir do Santuário de Schoenstatt começou a percorrer caminhos de redenção. A sua saudade consiste em dar novamente ao mundo Cristo e oferecer novamente à humanidade do nosso tempo a graça de um encontro transformador com Ele.
Schoenstatt como lugar de graças vive desta constante interação: A Mãe Três Vezes Admirável quer que “despertemos” sempre de novo o seu atuar com a nossa saudade de redenção, portanto, com nossa confiança que Deus pode intervir em nossa vida, na história. Ela quer deixar-se mover por pessoas que acolham em si as angústias e esperanças de muitos e lhas apresentem como saudade. É o que esconde a singela expressão: Nada sem vós – nada sem nós
No seu Santuário, como lugar de graças, Maria é a grande educadora e quer transformar-nos em pessoas comprometidas com a história, em pessoas profundamente comunitárias, capazes de amar com um amor tão vigoroso, pessoal e afetuoso como o que ela teve. Essas pessoas, essas novas personalidades interiormente formadas, serão a grande resposta de Deus para a Igreja e para o mundo de hoje.
Vivemos o tempo do advento e neste dia da Aliança nós peregrinamos com fé ao Santuário. No coração levamos a grande saudade transformada em súplica que entregamos à nossa querida Mãe e Rainha no Santuário: “Mãe, dá-nos a graça de encontrar Jesus.” Que neste Natal, ao renovar o seu nascimento, eu possa vivenciá-lo profundamente e experimentar a sua graça que santifica e renova, e que, a partir desta vivência, eu me torne também benção e sinal da sua presença para a minha família e para o mundo.
[1] Rumo ao Céu, 180
Muito bom