4º Domingo do Advento: “(…) o nome da Virgem era Maria”, a cheia de graça do Senhor!
Pe. Francisco José Lemes Gonçalves – Toda a Coroa do Advento se completa com a luminosidade de Cristo, Luz do mundo que veio do céu para nos iluminar e trazer a verdadeira alegria! Luz que abraça toda a Terra nos seus pontos cardeais, luz que ilumina a esperança e faz nascer e florescer onde estava seco e sem vida. Luz que ilumina a cruz nossa de cada dia, não nos deixando cair no desânimo e na apatia. Natal do Senhor! Ele está bem perto!
Durante o Tempo de Advento, por muitas vezes ouvíamos a expressão: “dias virão…”, especialmente nos profetas, como Isaías e Jeremias, entre outros que pudemos ouvir na Liturgia da Palavra. E, estes dias chegaram: “O Anjo Gabriel foi enviado à Nazaré… a uma virgem chamada Maria”, o céu toca a terra no ventre imaculado de Maria, jardim fechado o qual só o Senhor pode entrar e sair. Ali o Espírito Santo encontrou morada digna! Ali encontrou um coração obediente e pronto para Deus.
O Dia chegou! Todas as promessas agora são realidade no ventre de Maria e sob os cuidados de José. O “Deus Emanuel”, o Jesus, “aquele que salva”, reside entre nós. Mas… somente olhos de fé o perceberão na pobreza de seus pais e na fragilidade da criança que chora na gruta fria de Belém. Quem não tem fé continuará negando pouso e novamente Jesus nascerá fora de nossos corações e vidas.
Por isso, a Liturgia deste Domingo nos mostra Maria, a “serva do Senhor”. Modelo de mulher pobre e despojada que se abre ao novo de Deus e por ele se deixa surpreender. Mesmo diante dos desafios que o SIM dado por ela lhe acarretará, ela se coloca como um vaso límpido e vazio para que Deus o preencha com sua graça. A Igreja espera que, ao olharmos para Maria, nos animemos a ter as mesmas atitudes de Maria nestes tempos de pandemia. Deixar-se surpreender por Deus. Permitir que a sombra do Espírito nos cubra e como em Maria fecundar Jesus, “fruto bendito de seu ventre” e que na Eucaristia tornar-se-á nosso fruto bendito!
Em nossos Santuários de Schoenstatt Maria repete este SIM; eles são os nossos “pequenos Nazarés”, onde a Mãe Imaculada nos incentiva a de novo dizer sim e tornar real a encarnação na nossa história marcada pela pandemia e suas consequências. Nossos Santuários de Schoenstatt são também nossos “pequenos Beléns”, onde a Mãe no altar pelas mãos sacerdotais dá à luz seu Divino Filho… é belo essa espiritualidade encerrada nas paredes de nossos Santuários! Por isso, eles não são somente centros de visita ou passeio, mas verdadeiros espaços onde “estes dias” preditos pelos profetas estão sempre aptos a se tornarem realidade mediante nossa fé.
Leituras deste Domingo
1ª Leitura – Jr 23, 5-8
Salmo – Sl 71
Evangelho – Mt 1, 18-24