Partindo do altar, uma nova vida a dois… E agora?
Apesar de maio ser chamado o “mês das noivas”, a época do ano em que os brasileiros mais se casam é dezembro, segundo o IBGE [1] (em 2020 houve alterações, devido à pandemia). Este primeiro ano de matrimônio é cheio de novidades e descobertas mútuas, também de muitos desafios para a convivência em comum. Como os recém-casados podem vivenciar bem este período? A reflexão sobre isso vem do casal Alessandra e Everton Baria, da Liga de Famílias de Schoenstatt, de Louveira/SP.
Nós nos casamos em 8 de novembro de 2014. Esse ano foi vivido intensamente pelos preparativos do casamento e o tão sonhado centenário da Obra de Schoenstatt. Eu fazia parte da Juventude Feminina e o Everton iniciava sua caminhada em Schoenstatt, conhecendo e se aprofundando na história. No finalzinho de 2016 chega o nosso maior presente de Deus, nosso filho Benício, que nos enche de alegria, felicidade, amor e união, também virou nossa vida de ponta cabeça, pois aprender a ser pais e educadores não é uma tarefa fácil, mas desafiadora no mundo em que vivemos.
Os primeiros anos de casado, apesar de serem uma eterna fase de lua de mel, têm seus desafios, pois o processo de adaptação de duas pessoas que tinham suas vidas de formas individuais muda e inicia uma vivência a dois. Entender os costumes de cada um, criar uma rotina como casal e muito diálogo são essenciais para esse período.
Em uma palestra de nosso curso de noivos na igreja, o padre que estava conversando conosco disse algo que nos marcou muito e que lembrávamos sempre nesses primeiros meses de casados: “Eu me caso não para ser feliz, mas para fazer o outro feliz”. Essas palavras tornam o dia a dia mais fácil quando entendemos que foi Deus quem colocou essa pessoa ao nosso lado para dividir a experiência de formar uma família.
O diálogo é a principal ferramenta para o convívio do casal, porém, nesse período, criar uma rotina de conversa é fundamental para entender o que deixa o outro feliz, mas não somente falar, também aprender a ouvir.
A rotina deve ser estabelecida não somente com conversa, mas com atividades. O simples fato do casal cozinhar junto, fazer as tarefas de casa, até mesmo ler um livro, jogar um jogo, faz com que a proximidade entre os dois fique cada vez maior.
A maior riqueza do casal e onde é possível colocar todas as preocupações, alegrias, dificuldades, etc é na oração. O vínculo com Deus é o pilar que sustenta a vida a dois desde o dia do casamento e se renova todos os aniversários de bodas, ou seja, todos os anos, fortificando a união matrimonial do casal.
Há 4 anos, mais ou menos, iniciamos com mais jovens casais na Liga de Famílias. Não tínhamos ideia de como é importante compartilhar e aprender com pessoas que estão na mesma fase que a gente. Este caminho que estamos percorrendo é maravilhoso, nos ajuda muito como casal. Ainda estamos engatinhando, nosso anseio pela conquista do Santuário Lar é grande, mas a Mãe terá o perfeito cuidado…
O Santuário passou a ser nosso lar, onde buscamos e encontramos as graças que precisamos para continuarmos firmes na fé, no amor e no cuidado com o outro.
[1] encurtador.com.br/djyOW