“A verdadeira Senhora de Schoenstatt será aquela que puder caminhar no mundo colaborando em tudo e permanecendo, apesar disso, completamente intocável interiormente” (Pe. José Kentenich) [1]
Karen Bueno – 2 de fevereiro é um dia de graças para a comunidade do Instituto Secular Nossa Senhora de Schoenstatt. Além de ser o Dia da Vida Consagrada, nesta data, em 2021, elas completam 75 anos de fundação. Este foi o segundo Instituto feminino de vida consagrada fundado pelo Pe. José Kentenich no Movimento Apostólico de Schoenstatt. A comunidade foi reconhecida pela Santa Sé em 1977.
Quem são as Senhoras de Schoenstatt?
Leigas e consagradas, as Senhoras de Schoenstatt veem o mundo natural como caminho da entrega total a Deus, tornando-se, para a sociedade, uma ponte com o mundo sobrenatural. Elas não vivem em comunidades de teto e mesa, ou seja, reunidas num mesmo local – cada uma possui sua própria casa e exerce sua própria profissão. No entanto, estão sempre vinculadas por encontros periódicos, cultivando o espírito de comunidade.
A forma de vida do Instituto das Senhoras de Schoenstatt baseia-se nos conselhos evangélicos:
– Virgindade: significa abandonar-se totalmente ao amor de Deus, estando livre para servir aos demais.
– Obediência: quando vivida de forma concreta e filial, ajuda a compreender os desejos de Deus.
– Pobreza: a simplicidade e o desprendimento vividos segundo os Estatutos do Instituto ensinam a possuir ou renunciar tudo de maneira responsável.
O que significa celebrar esses 75 anos de história?
A responsável pela comunidade no Brasil, a Sra. Raquel Ester Padilla, fala sobre o significado desse jubileu:
“Em primeiro significa gratidão! ‘Santíssima Trindade a ti Louvor eternamente por todo o bem que nos concedeste’. Significa também renovar o amor, a entrega e a fidelidade à vocação presenteada por Deus a cada um dos seus membros. São 75 anos de uma linda e fecunda história conduzida por Deus, sustentada pelo sim audaz do nosso Fundador, quando nos disse em 1946: ‘Creio em vocês’. Ele acreditou. Acreditou em uma ‘ordem no meio do mundo’, em uma forma de vida totalmente nova na Igreja da época, levando uma vida segundo os conselhos evangélicos no meio do mundo, em responsabilidade pelo mundo. Temos a tarefa de prestar uma decisiva contribuição para o retorno dos corações ao coração de Deus Pai, através da construção de um organismo natural e sobrenatural de vinculações. Celebrar os 75 anos significa dar novamente o nosso SIM para esta maravilhosa vocação à qual fomos chamadas por Deus em sua infinita misericórdia. Dar um Sim fiel e generoso à vontade de Deus que conduz nossas vidas em amor”.
Herdeiras e construtoras da história
Passados 75 anos desde o 2 de fevereiro de 1946, novos são os desafios e as metas, mantendo sempre a fidelidade à origem, como salienta a Sra. Raquel:
“Os tempos são outros desde o início da fundação, cada geração traz sua originalidade e riqueza, a família cresceu e foi se tornando internacional. Porém, o carisma permanece o mesmo:
Com Maria e como ela ser filha do Pai
Com Maria e como ela ser companheira e colaborada em toda obra da redenção
Com Maria e como Maria ser Mãe dos homens, mãe do mundo.
Como ‘Família Patri Unita’, nós nos colocamos à disposição de nosso Pai para a realização de sua missão, a ‘cruzada do pensar amar e viver orgânico’ em todos os âmbitos de nossa vida: profissão, família, apostolado… Esta é a maior riqueza e contribuição que podemos oferecer para o mundo de hoje, ajudar a redimir o mundo, através do nosso ser Senhora de Schoenstatt, unindo o céu e a terra”.
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[1] TREVISAN, Pe. Victor. Movimento Apostólico de Schoenstatt – Introdução Histórica, Segundo Volume