Estágio pastoral faz parte da formação dos Padres de Schoenstatt

Atender uma paróquia e viver a realidade diocesana é um momento importante

Sueli Vilarinho – O Pe. Rafael Tavares da Mota, neo-sacerdote do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, foi instituído vigário na Basílica Sant’Ana, no bairro de Santana, em São Paulo/SP. A missa de acolhida foi presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese, Dom Jorge Pierozan, no dia 21 de fevereiro de 2021.

Além dos co-irmãos da comunidade dos Padres de Schoenstatt, estavam também presentes o diácono, o reitor e o vigário da Basílica, assim como amigos e membros da paróquia.

Por que este tempo de estágio pastoral?

A missão primeira da comunidade dos Padres de Schoenstatt é colocar-se a serviço do Movimento Apostólico de Schoenstatt, como parte central e motriz, e, dessa forma, também estar a serviço da Igreja. Mas, para isso, eles precisam necessariamente passar por um período de estágio pastoral em alguma paróquia, pois isso é considerado parte de sua formação.

O estágio é um tempo no qual o neo-sacerdote faz uma experiência para conhecer a vida pastoral diocesana, conviver com outros padres e conhecer e aprender com outros sobre a pastoral sacramental na realidade das paróquias, explica o Pe. Marcelo Aravena.

Além disso, o Pe. Marcelo acredita que esse estágio ajuda os sacerdotes a conhecerem novos campos de ação apostólica e dá mais visibilidade aos Padres de Schoenstatt na realidade eclesial.

Como viver a quaresma

No início da celebração de acolhida ao Pe. Rafael, houve a leitura do decreto de nomeação e provisão como vigário paroquial, assinado por Dom Odilo Scherer, cardeal arcebispo metropolitano de São Paulo.

Em sua homilia, o Bispo Dom Jorge acolheu o neo-sacerdote e agradeceu a comunidade dos Padres de Schoenstatt pela disponibilidade. Falando sobre as leituras, Dom Jorge questionou sobre “qual a melhor maneira de vivermos este tempo tão rico?”. E resumiu a resposta nos três pontos: oração, caridade e jejum.

“O evangelho diz que Jesus vivia entre animais selvagens e os anjos o serviram. Aqui há um paralelo entre a situação de Jesus e a nossa vida… O tempo de 40 dias, falado no texto, significa o tempo de nossa passagem pelo mundo. Temos a graça de Deus que se manifesta aos que o buscam, que são como anjos em nossas vidas, anjos que nos guiam. Há espíritos das trevas a nos tentar, assim como há pessoas que são como anjos a nos proteger”, compara o bispo.

Criar asas

O bispo recordou então uma fábula que falava sobre a reunião dos animais: Na história, a lagarta disse que iria voar e todos riram dela, menos a borboleta. A moral, diz Dom Jorge, é: caminha com quem acredita em você e não com quem te desanima e suga suas forças.

Quando vemos uma borboleta viva e cheia de vida, lembremos da luta que ela viveu até ali, dentro do casulo. Jesus também se prepara, nos retiros de silêncio, para ser mestre.

O esforço que fazemos, nos acontecimentos de nossa história, é necessário para fortalecer as nossas asas, pois sem elas jamais conseguiríamos voar, diz o bispo. Quando buscamos a felicidade como resultado imediato, a tendência é atropelarmos o processo natural que a vida oferece.

Um caminho de aprendizado e humildade

Dirigindo-se ao Pe. Rafael, Dom Jorge recomenda, entre outras coisas: “Com a ajuda de Deus, o Senhor deve se portar de modo que sempre reconheçam em ti um verdadeiro pastor, um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, que veio para servir e não para ser servido. Que o Senhor sirva a Deus servindo o povo e sirva sempre com muita alegria, sempre com alegria! Procure de todo o coração fazer a vontade de Deus”.

Pe. Rafael fez então um juramento de fidelidade diante da comunidade e de Dom Jorge e, grato, expressou seus desejos: “Queria me sentir como esta lagarta, que não tinha medo… Quero fazer este caminho de aprendizado e humildade e conto com a ajuda e oração de vocês. Que também seja um tempo de serviço. Foi o Espírito Santo que abriu as portas e quero, com muita humildade, me colocar à disposição de vocês, que seja um tempo fecundo e de conhecimento e alegria para ambos. Contem comigo”.

Assim foi concluída a missa, com a bênção final e o início de um novo trabalho pastoral para o Pe. Rafael, que conta agora com a oração de todos nesta nova missão.