Vamos conhecer o verbo que traduz nosso ideal nacional
Pe. Clodoaldo Kamimura – Que mania nós, os schoenstattianos, temos de usar termos incomuns nas nossas coisas! Temos até a necessidade de explicar certas expressões que usamos, como é o caso, por exemplo, do lema para o próximo triênio: Missionários da Esperança. Em Cristo, transfiguremos a realidade! Quem não pertence ao mundo de Schoenstatt deve estranhar bastante nossas expressões. Em todo caso, o que estamos querendo dizer quando usamos o verbo “transfigurar”? Por que não usamos no lema um verbo mais comum, como, por exemplo, o verbo “transformar”?
Todos entendemos aquilo que o dicionário aponta como significado do verbo “transfigurar” e, consequentemente, intuímos aquilo que nosso lema está querendo expressar, sem precisar usar o dicionário. Queremos “mudar de figura” ou “fazer passar de um estado ou condição a outro estado ou condição”, queremos, portanto, “converter”, “transformar” a realidade pessoal, a comunitária, a familiar, a eclesial, a social, a profissional, a realidade dos nossos vínculos com Deus, com o próximo, com o mundo.
Mas, mudar por mudar, não tem nenhum sentido e poderia causar tensões desnecessárias, pois aquilo que eu gostaria que fosse diferente, pode não ter a mesma ressonância no outro. E por que então queremos “transfigurar”, mudar a realidade? Porque queremos mudar a realidade segundo o olhar de Cristo, queremos que a realidade traga a figura de Cristo, seja revestida com os valores de seu reino, com os valores do Evangelho. Por isso, quando usamos o verbo ‘transfigurar’ – e não outro verbo mais comum – estamos querendo colocar a perspectiva de Cristo para fazer a mudança.
Neste sentido, vale então a pergunta: o que existe na minha realidade pessoal e comunitária que está precisando ser transfigurado, ou transformado, ou convertido (uma expressão bem adequada para esse tempo de preparação à Páscoa)? A minha realidade pessoal está de acordo com os valores de Cristo e de sua Igreja ou está adaptada aos meus próprios caprichos? O que existe aí para ser transfigurado por Cristo? Como está a realidade da minha família, da minha comunidade, do grupo que pertenço? O que deve ser transfigurado por Cristo? Será que nosso Schoenstatt também tem aspectos que precisam ser transfigurados? E aqui ainda poderíamos dizer: existem aspectos para serem levados a um outro nível? Quais? Existem outras realidades para serem incorporadas à nossa realidade? E também vale a pergunta: como transfigurar?
O lema do nosso triênio abre um leque variado de perspectivas. Convido, portanto, a todos para uma reflexão mais profunda e ampla do nosso lema.
Que a Ressurreição de Cristo traga a todos nós a perspectiva de uma realidade transfigurada por Ele!
Olá, Pe.Clodoaldo! Que benção a sua reflexão, podemos ampliar este tema para tantos campos de nossa vida. Trabalhei na oração de abertura da família de Schoenstatt de Curitiba, fui ao reencontro deste ideal tão caro para nós filhos e filhas de Schoenstatt e agora suas palavras vieram inspirar maior contemplação e ainda mais ações a concretizar! Obrigada! Luciene Cremasco Marques – Liga das Mães de Curitiba.
Boa tarde! Que reflexão de aprendizado.
Sou de Sergipe e faço parte da pastoral de Mãe Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Sou muito grata por tantas graças alcançadas e bênçãos vivida