Deus Pai presente no dia a dia: quais as estratégias em cada faixa etária?
Mayra Montoya Petry – Hoje, 25 de abril, é essa data muito especial em que comemoramos e recordamos o dia da Primeira Comunhão do nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich. A primeira comunhão é o encontro de amor com Cristo, que precisa ser preparado desde muito cedo pelos pais. Podemos refletir no seguinte: como falar de Deus com as crianças em cada idade?
Nós, pais, somos os principais responsáveis pela educação dos filhos na fé: é muito importante transmiti-la e adapta-la à idade das crianças. E, nesse sentido, uma das primeiras atitudes que precisamos despertar na criança é a confiança em Deus.
Fazer orações não somente nos momentos de angústia, mas na vida cotidiana do lar. Isso ajudará a despertar o sentimento que somos todos: filhos de Deus.
Assim sendo, quero, de uma forma prática e simples, com uma divisão didática, que possamos refletir juntos sobre ações que podem contribuir para apresentar a figura de Deus em cada momento do desenvolvimento humano.
De 0 a 3 anos
Desde o ventre a criança já sente a presença de Deus em sua família. Nessa faixa etária, esse amor pode ser passado por meio de atos como, por exemplo: no berço do bebê ter uma medalha do anjo da guarda ou no quarto um cantinho especial com uma imagem de Maria (aqui em casa minha filha ganhou uma imagem da MTA um dia antes de seu nascimento, que a acompanhou desde o hospital e encontra-se no seu quarto).
Ao ninar seu filho, por que não utilizar uma música religiosa? Aqui em casa era sempre: Mãezinha do Céu. Em datas como Natal, Páscoa e outras ocasiões cristãs, durante o ano, contar histórias simples sobre a vida de Jesus e de Maria.
Dos 3 aos 6 anos
Já podemos ir ensinando as orações da fé cristã, mas muito além de saber a oração “decorada”, é essencial fazer com que a criança adquira um diálogo simples e espontâneo com seu Pai Deus, com Jesus e com Maria.
É muito importante incentivá-los a rezar todos os dias, ao acordar e antes de dormir. Nessa idade já podemos ensinar a criança a expressar os sentimentos religiosos, como ajoelhar-se, fazer o sinal da cruz ou beijar o crucifixo.
A criança também começa, nessa fase, a compreender o valor da Missa. Isso ajudará seu filho a entender a importância da Eucaristia.
Dos 6 aos 10 anos
Essa é a etapa na qual os pais precisam ser os primeiros catequistas dos seus filhos. É o momento em que os pais podem conquistar de vez o amor da criança a Deus, assim como se manter presente e adquirir aquele amor profundo à sua religião.
É também a idade da razão, momento que devemos continuar a dar bons exemplos, firmar sua formação religiosa, preparar para a primeira confissão e a primeira comunhão, ajudar a formar sua consciência em relação às virtudes humanas e sociais.
Incentivar a participação na catequese e nos grupos de vida da Igreja e do Movimento de Schoenstatt, como nas Apóstolas de Maria e nos Pioneiros de Schoenstatt, pois vão perceber que não apenas eles, mas também outras crianças possuem esse diálogo aberto com Deus.
Adolescentes
Continuar orientando a vida de oração, ajudar a usar responsavelmente a liberdade, ressaltar a necessidade e o valor de ajudar os outros, ensinar seu filho a descobrir o valor de uma boa amizade e, principalmente, manter a amizade com Deus, Jesus e Maria – os heróis de Schoenstatt podem ajudar nessa etapa, como inspirações de vida.
Na adolescência, ter modelos é fundamental para o crescimento na fé. Grupos de vida, como a Juventude Feminina e a Juventude Masculina, ajudam a florescer o que foi cultivado desde pequenos – mas não se esqueça de que você é o maior responsável pelo desenvolver espiritual do seu filho em todas as faixas etárias.
“Perguntem-se: nossos filhos, mais tarde, também poderão dizer que a casa em que nasceram e foram educados é o lugarzinho que mais os aproximou do céu?” (Pe. José Kentenich)[1]
[1] KENTENICH, Pe. José. Às Segundas-feiras ao Anoitecer – Diálogos com famílias, vol 3. Reflexo do Pai. Palestras para casais em Milwaukee. Sociedade Mãe e Rainha, Santa Maria/RS, 2010. Texto de 4 de setembro de 1956.
Ótimo texto para orientar os pais nas dúvidas. Com dicas muito boas apresentando os movimentos de Schoentatt!
A aproximação com a fé acaba sendo tão natural, porque é algo que cultivamos muito com a criança desde o ventre, onde ela está fora dos nossos olhos e somente Deus é quem permite e sustenta essa criação – então nós mães suplicamos tanto à Ele e falamos tanto com Maria. A criança escuta e sente, desde o ventre!
Quando fora da barriga, é muito natural o reconhecimento do crusifixo, por exemplo. É ir dando na mão da criança e conversando com Deus. Falando coisas simples como “Bom dia papai do céu”.
Aqui temos uma pequena nos seus 2 anos e meio e já reza a oração do Anjo da guarda sozinha. Com incentivo reza também o Pai Nosso e a Ave Maria.
Assim vamos seguindo colocando na formatação dela Jesus, Maria, José, os Santos e os Arcanjos e principalmente pedindo ao Bom Deus que germine essas sementes que estamos semeando.