Mergulhando na história e se encantando com o presente.
Ir. M. Nilza P. Silva / Karen Bueno – Quem entra no Santuário Original de Schoenstatt, na Alemanha, encontra pendurado sobre a parede esquerda um quadro de madeira, com algumas medalhas dentro dele, protegidas por um vidro. No total, 31 medalhas estão expostas ali.
A história do Movimento Apostólico de Schoenstatt está diretamente ligada com a história da Primeira Guerra Mundial. Muitos jovens que pertenceram à geração fundadora da Obra de Schoenstatt foram convocados a servir como soldados nos campos de batalha. Entre as trincheiras e lutas, eles provaram o amor à MTA e a fidelidade ao compromisso que selaram com ela pela Aliança de Amor. Schoenstatt construiu-se regado com o sangue e a coragem desses primeiros congregados. A maioria deles morreu lutando, ofereceu a vida pela causa da MTA, dando um vivo testemunho de santidade em meio à guerra.
Toda honra dedicada à Rainha
Nesse período (1914-1919), alguns congregados receberam uma medalha em reconhecimento pela atuação como soldado e a enviaram como presente de agradecimento à MTA. Assim fez José Engling e outros companheiros.
O Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, reuniu todas essas medalhas e as colocou num quadro, que se encontra ainda hoje sob a parede do Santuário Original. Assim ele, o Pe. Kentenich, contou aos casais de Milwaukee/EUA em 1959:
“Quando entramos no Santuário Original de Schoenstatt, o primeiro memorial, do lado esquerdo, mostra-nos as Cruzes de Ferro, da primeira e segunda classe. Como é que as cruzes vieram parar ali? Desta forma: o primeiro a ganhar uma Cruz de Ferro disse simplesmente: ‘Recebi-a da Santíssima Mãe; na verdade pertence a Ela’. E que fez ele? Pendurou-a no Santuário. Mas tinha um aspecto muito só. Não passou muito tempo até que outra se uniu a ela. Por isso, quando a guerra terminou, juntamos todas as cruzes e as colocamos numa moldura especial” (Conferência de 3 de agosto de 1959)
O que está escrito ali?
Em maio de 1918 foram colocadas duas molduras temporárias de madeira, de cada lado do altar no Santuário, para essas condecorações de coragem. Mais tarde foi feito um mostruário em madeira maciça, onde se colocaram as condecorações, mostrando o nome dos soldados que as tinham recebido, os cenários de guerra em que tinham sido ganhas (com o nome dos locais, por exemplo: Aisne, Reims, Verdum, Cambrai…) e a inscrição: “Queira a MTA aceitar estas insígnias de bravura, a Ela oferecidas e dedicadas – 1914-1919…”. Foi colocado na parede ao lado esquerdo do corpo principal do Santuário em julho de 1919, onde ainda hoje pode ser visto.
As medalhas são sinais de que a Aliança de Amor forma homens e mulheres ousados e valentes, que não se detém diante das dificuldades, mas, ao contrário, as utilizam como degraus no caminho de santidade.
Fonte de pesquisa: Livro Herois de Fogo, Pe. Jonathan Niehaus
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