Sejamos homens e mulheres eucarísticos
Pe. Francisco José Lemes Gonçalves – Essa solenidade podemos dizer que é uma extensão da Quinta-feira Santa, na qual Cristo instituiu este sacramento de amor e de presença entre nós. Naquela noite éramos convidados a vigiar com o Senhor e na Sexta-feira Santa contemplar, ali no Calvário, o sacrifício que pedira para fazer em sua memória. Ele permanece naquele que come sua carne e bebe seu sangue, e nós nele! É uma relação vital para nós e para a Igreja!
O Pão que comemos e o Sangue que bebemos também adoramos, pois eles são a alma, divindade e humanidade de Jesus. Ao recebê-lo, ele vai aonde estivermos e com quem convivermos. A comunhão não pode ser um momento vivido na “Igreja pedra”, na “Igreja estrutura”, mas a partir dessa realidade atingir e alcançar a todos. É necessário comungar não apenas por preceito ou cheio de escrúpulos, mas comungar Jesus. E essa comunhão se expressará na solidariedade com os pobres e desvalidos, principalmente nesses tempos de pandemia. Nossa eucaristia se tornará vazia se recebermos Jesus com tanto respeito e adoração e, ao mesmo tempo, tratarmos os nossos semelhantes com indiferença, preconceito ou usarmos as redes sociais para difamar e destruir – aí comungamos nossa própria condenação!
Que esta solenidade desperte em nós um amor pela Santa Missa, especialmente aos domingos, Dia do Senhor e dia de nos encontrarmos como comunidade para ouvir o Pão da Palavra – à Mesa da Palavra – onde somos instruídos e encorajados; e nos aproximarmos com fé e verdadeira fome do pão eucarístico, remédio para o corpo e para a alma.
Que, com nossa Mãe e Rainha, sejamos no mundo homens e mulheres verdadeiramente eucarísticos!