Para alguns pais é mais fácil, para outros mais difícil – e para todos é um desafio que vale a pena!
Kelli e Luciano Gottems – No dia de nosso casamento o sacerdote, seguindo o rito do matrimônio, nos perguntou: “Estais dispostos a receber com amor os filhos que Deus vos confiar, educando-os na lei de Cristo e da Igreja ?”. A essa pergunta, com certeza, sucedeu o nosso “Sim”.
A pergunta é simples, mas traz nela uma séria responsabilidade. Primeiro, a abertura à vida, que deverá existir enquanto durar o matrimônio, ou seja, até a morte. A outra, sela o compromisso de que os filhos, frutos dessa união, serão educados na fé católica. Não há parte mais importante nessa frase, ela é integralmente importante. Não adianta somente a abertura à vida, sem a responsabilidade de educar os filhos para Cristo.
A palavra educação, vem do latim educare, que é a junção do prefixo “ex” que significa “para fora” e “ducere” que significa “conduzir, levar”. Sendo assim, educar é bem diferente de ensinar, talvez até o contrário, pois, enquanto ensinar se refere a introduzir conteúdo no sentido de formar um conhecimento a partir de um conjunto de informações, a educação tem o sentido de moldar, extraindo da pessoa suas potencialidades, desenvolvendo, assim, virtudes e habilidades.
Olhando dessa forma, vemos o quanto nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, compreendia as características de uma boa educação, pois se pensamos em educar, não devemos querer mudar alguém para o que queremos que a pessoa seja, mas em direcioná-la, conduzi-la para o melhor que ela puder ser a partir do que ela é, ou seja, o respeito à liberdade e às características de cada pessoa é essencial para que a educação aconteça.
O desafio é grande, pois para educar precisamos extrair de nós mesmos habilidades que às vezes nem sabemos que temos, e isso faz com que nós, educadores, acabemos também sendo moldados por esse processo.
A educação não acontece sem amor. Por isso os pais são os principais educadores. A educação dos filhos na fé requer respeito à individualidade, amor, paciência, perseverança e muitas outras virtudes. No entanto, todo esse trabalho de nada adiantará se os filhos não virem nos pais coerência entre suas palavras e suas atitudes, pois se os filhos às vezes não nos ouvem, pode ter certeza que sempre estarão nos observando.
A criança que desde pequena vai à missa com a família e vê os pais e irmãos participando terá grande propensão a seguir esse exemplo. É natural que, dependendo da idade, ela fique brincando e querendo andar pelos quatro cantos da igreja. Acompanhe-a e deixe-a à vontade. Ela precisa se sentir em casa na casa de Deus.
A medida que a criança cresce e entra na adolescência, precisamos cuidar também de seus círculos de amizades, pois é natural, nessa idade, que eles busquem referências externas para confrontar com os aprendizados que traz de casa. Nessa hora, faz muito bem estimular a amizade com famílias de nossa confiança e incentivar a participação nos grupos do Movimento voltados para aquela idade.
E por fim, tão importante quanto tudo o que dissemos: Oremos pelos nossos filhos! Não há mal que vença um pai e uma mãe determinados em educar os filhos na fé e que intercedem constantemente por eles. A vitória é certa! Temos que esperar, pois a semente vai brotar e dar muito fruto. Que nossa Mãe, Rainha e Educadora interceda sempre por nossas famílias!
* Contribuição da União Apostólica de Famílias de Schoenstatt
Ótimo texto e reflexão