Após dois anos de pandemia acontece o primeiro encontro presencial a nível regional
Julieide e Fernando Castilho Valderrama – Mais de 60 casais, via internet, e 18 casais com seus filhos estiveram presentes no Santuário Tabor da Permanente Presença do Pai, em Atibaia/SP, para juntos “subir ao Tabor”. A Liga de Famílias de Schoenstatt do Regional Sudeste participou de seu retiro anual no final de semana dos dias 25 e 26 de setembro de 2021. Os casais, após dois anos sem um encontro presencial, chegaram de Brasília/DF, Araraquara/SP, Caieiras/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo (Jaraguá e Vila Mariana) e de Atibaia.
O que esperar no Tabor? O que encontraremos por lá, como família? A Ir. Lucia Maria Menzel, assessora regional do ramo, trouxe reflexões sobre essas perguntas. “Sabemos, pelas Sagradas Escrituras, que o Tabor foi o local onde Jesus se transfigurou diante de três apóstolos escolhidos. E como é bom subir ao Tabor, contemplar o Cristo luminoso, alvo nas vestes, resplandecente no corpo”, diz ela. Nesse sentido, seguiram três testemunhos de casais contando como as “vivências de Tabor” os fortaleceram para superar grandes desafios.
Ao contemplar “aquilo que nos espera”, a Liga de Famílias fica sedenta por logo chegar ao alto do monte, encontrar o Cristo e tomar as palavras de Pedro, dizendo: “Aqui é bom estar!”
À luz do Tabor, “transfigurar a realidade”
Numa segunda reflexão, o assessor regional do ramo, Pe. Marcelo Aravena, convida a avançar alguns passos: “O lema ‘Família Tabor, transfigura hoje a realidade’ nos leva a refletir sobre nossa realidade de hoje e nossa intenção para o futuro; essa esperança que nos acompanha para que possamos trilhar o caminho do futuro que desejamos. Como estamos?”
Segundo o assessor, “para que possamos atender a esse convite de subir ao Tabor, temos que nos autoeducar para que o nosso crescimento seja firme e reto e, dessa forma, seguir aquilo que o nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, dizia no Documento de Pré-Fundação: ‘Sob a proteção de Maria queremos aprender a educar-nos a nós mesmos, para sermos personalidades firmes, livres e apostólicas’”.
Diversão e aprofundamento
Na parte da tarde, Marcos e Cassiane Weizenmann conduziram um momento de integração dinâmico e alegre. Divididos em grupos, os casais receberam perguntas e desafios. Além de descontraído, foi também um momento de aprendizado.
Em seguida, os esposos iniciaram uma reflexão, como casal, da leitura do Evangelho e partilharam a experiência que essa leitura trouxe para sua realidade de vida.
A família reza unida! Sempre!
Ao findar da tarde, a Liga de Famílias se reuniu ao redor do altar do Senhor para ali vivenciar a presença de Jesus na Sagrada Eucaristia. O presidente da celebração, Pe. Marcelo, diz que é preciso ter a coragem de progredir com Schoenstatt. “Não devemos nos amedrontar. Encorajados na Aliança de Amor, devemos levar as graças do Tabor ao mundo”. Os casais peregrinaram, em seguida, ao Santuário jubilar de Atibaia que oferece, neste ano, indulgência plenária.
Após o jantar, os casais da Liga de Famílias de Araraquara promoveram a vinculação de todas as famílias em seus lares com os casais presentes no encontro: uma grande rede se estendeu sobre o Regional Sudeste e diversas famílias, unidas na reza terço, puderam contemplar os mistérios luminosos da vida pública de Jesus.
A cada dezena, as famílias online contemplavam as contas da Ave-Maria e um terço luminoso foi aceso pelos casais presentes. Durante essa vivência, trouxeram à tona elementos que direcionam ao Tabor: a água do batismo, sinal da aceitação permanente do reino de Deus, a aliança do matrimônio, como sinal do sacramento de salvação das famílias, o ato de confessar os pecados e tirar da vida aquilo que impede de ir ao Tabor, a chama da vela, que mostra a luz que o outro reflete, e o pão da partilha, sinal da entrega de Jesus por todos.
Agora é hora de descer do Tabor: levar o Tabor para o mundo
O dia seguinte ao encontro apresentou o “caminho de volta” do Tabor, conduzido pelo casal Sueli Vilarinho e Antonio Carlos Vicente. “Queremos ficar no Tabor e próximos de Jesus Transfigurado. Queremos fazer tendas! Mas Jesus desceu do Tabor para enfrentar o mundo. Nós, como famílias de Schoenstatt, também temos esse compromisso”.
Antonio Carlos e Sueli contam sua experiência pessoal sobre como levar o tesouro do Tabor para o mundo. Apresentaram seu caminhar matrimonial e seus desafios no que tange à conduta dos filhos, da vida familiar e profissional. Mostraram como a autoeducação e a oração em família são pilares para descer o Tabor e evangelizar o mundo.
Pode parecer romântico e simplista a expressão “descer do Tabor”. Porém, não é! É isso o que o casal vai mostrando com seus exemplos. “Somos filhos da guerra e a batalha do mundo está lá fora a nos esperar”. Toni e Sueli revelam o quanto é árduo conduzir esses tesouros em meio a um mundo sedento e vacilante, com as preocupações do dia a dia e a responsabilidade pelos filhos. Tudo isso só é possível, segundo eles, por meio da autoeducação e da vivência das exigências da Aliança de Amor.
Após a Santa Missa, restou a saudade dos momentos vividos com toda a família do Regional Sudeste. Também a certeza de que o caminho para ser Tabor não é fácil, mas, com a autoeducação e o abandono nas mãos da MTA, a caminhada será forte e reta para “salvar a família custe o que custar”.