A santidade está na alegria, está nas coisas simples do dia a dia, está na filialidade heroica… Veja algumas reflexões do Pe. José Kentenich sobre esse tema:
1) Por santidade de todos os dias não se entende a santidade domingueira, isto é, a do sétimo dia da semana, quando repicam os sinos e vamos à igreja, trajando nossas melhores roupas. É a santidade praticada nos outros seis dias da semana, nos quais não temos o festivo ambiente dominical e nos encontramos com a sobriedade e a monotonia do trabalho a realizar.
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2) O santo do dia a dia santifica seu dia de trabalho, vive santamente durante toda a semana e em tudo o que faz imprime o selo da santidade. Alegrias e tristezas, trabalhos e descanso, orações, palavras e conduta: executa tudo extraordinariamente bem, por amor, isto é, santamente.
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3) Em sua vida, Cristo nos dá o exemplo da verdadeira santidade, de um modo atraente e arrebatador. Portanto, é Deus quem faz o principal, não o esqueçamos. Nossa atividade desempenha apenas um papel secundário, contudo, não deixa de ser importante! Sem nossa cooperação não há verdadeira santidade.
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4) Se a santidade consistisse numa vinculação a Deus somente no âmbito das ideias, então os homens mais inteligentes e sábios deveriam ser os mais santos. No entanto, não é o que sempre ocorre, porque santo é o homem totalmente imerso em Deus, vinculado a Ele pela inteligência, vontade e coração.
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5) Se agora nos perguntarmos o que é santidade, diremos: é a singela resposta do filho ao amor do Pai, nossa resposta ao chamado solícito do Amigo divino.
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6) Sempre admiramos os santos e as pessoas que já atingiram um elevado grau de santidade, entretanto não podemos imitá-los em tudo. Isso também se aplica em nosso caso. Nem todos conseguem intercalar tantas práticas espirituais no seu trabalho diário. Uma coisa, porém, é certa: a oração é a respiração da alma religiosa.
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7) Dois são os fatores essenciais da aspiração à santidade do cristão: provar seu amor a Deus na sobriedade da vida cotidiana e guardar a clausura do coração, conservando-o recolhido e interiormente preservado no meio da agitação dos grandes centros.
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8) Deus espera de nós a santidade pessoal. A Mãe de Deus pede-nos, pessoalmente, elevada santidade […]. Uma pedra preciosa vale mais que toda uma montanha de pedras vulgares. Se a Família não gera pessoas assim, que esperaremos de Schoenstatt? Schoenstatt depende, para a sua existência, da séria aspiração à santidade.
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9) A fidelidade nas pequenas coisas pode ser chamada também de santidade da vida diária. É a santidade de todos os dias. Não é uma santidade dos dias de festa, mas a santidade que usa também os meios ordinários para a configuração da vida diária.
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10) A alegria é uma manifestação essencial de uma profunda aspiração e vida de santidade e a alegria é um meio eficaz para fazer frutificar essa vida e aspiração à santidade.
Referências:
Frases 1 a 7
KENTENICH, Pe. José; NAILIS, Ir. M. Annette. Santidade de todos os dias – Espiritualidade Laical de Schoenstatt, vol 1.
Frase 8
KENTENICH, Pe. José. Conferência na jornada do Natal, Schoenstatt, 28.12.1933. Disponível em: A sua missão, nossa missão – Textos escolhidos do Pe. José Kentenich. PETER WOLF (Ed.)
Frase 9
KENTENICH, Pe. José. Ser Filho diante de Deus, vol 1. Retiro pregado aos Padres da Sociedade Missionária de Belém, Immensee/Suíça. 8ª Conferência.
Frase 10
KENTENICH, Pe. José. Viver com Alegria, vol 1. Segunda conferência: A Alegria – Um Impulso Fundamental