Renovar a Aliança é renovar o coração para acolher o Menino Jesus.
Karen Bueno – A penúltima vela na coroa do advento está acesa amanhã e a contagem regressiva para o grande dia vai se aproximando do fim. Providencialmente, faltando menos de uma semana para o Natal, chega o momento de novamente renovar a Aliança de Amor.
Pe. Kentenich sempre recorda que a Aliança de Amor com a Mãe de Deus representa “uma troca de corações, uma troca de dons e uma troca de tarefas – doo à Mãe de Deus o meu coração e ela doa-me o seu coração”.
Desse modo, renovar a Aliança no mês de dezembro é uma forma concreta de preparar o coração para acolher o Menino Jesus no Natal. É novamente oferecer o coração à Mãe de Deus, para que ela faça dele uma manjedoura.
Pe. Kentenich diz que, “em virtude da Aliança de Amor, faço meus os interesses de Maria e ela faz seus os meus interesses”. Ele afirma também que conhecemos o âmbito dos interesses da Mãe de Deus: “Seu ser, também sua vida e atuação estão inteiramente voltados para Cristo… Ela só existe em função dele. Não conhece outro fundamento para a sua existência. Por isso, entrega-se total e perfeitamente, por tempo e eternidade, exclusivamente aos interesses, às necessidades e desejos de Cristo e do Reino de Deus”.
Isso traz consequências muito bonitas para aqueles que selaram a Aliança de Amor, pois Maria leva a atenção pessoal de seus filhos a se voltar também para Cristo. O Pai e Fundador reconhece esse cuidado maternal: “Pela consagração, somos inseridos o mais perfeitamente possível neste mundo de valores: nós, que devido à situação atual corremos permanentemente o risco de sermos dominados pelo espírito do mundo, pela agitação dos negócios, pela matéria. Graças a Deus podemos e devemos confessar que a Mãe de Deus assume a responsabilidade por nós, em virtude da Aliança de Amor”.
Para além do coração
Um coração renovado pelo amor pede, também, atos de amor. Quando chega o Natal, as oportunidades de realizar boas ações são inúmeras – é tempo de presentear as pessoas queridas, colaborar nas campanhas sociais da paróquia ou instituições, rezar pelo próximo, ajudar os necessitados com alimentos, roupas, acessórios… Tudo o que é solidário se intensifica nesse período.
A Aliança de Amor se concretiza também por esses gestos missionários que podem ser vividos no Natal – ela é “uma troca de dons e de tarefas”. Cada aceno de carinho e ternura realizado faz ‘suave violência’ à Mãe.
Ao renovar a Aliança, Maria torna os interesses de seus filhos unicamente os interesses de Cristo, renovando, assim, a vivência do Natal. Por isso, nesse dia 18, peçamos com ela:
“Vem Jesus, ó Rei divino, ao meu pobre coração. Eu te espero com saudade, alegria e gratidão. Se o mundo te rejeita, com dureza e rigor, minha alma te acolhe, com ternura e amor”.
*As citações são retiradas do livro: Tua Aliança, nossa missão – Textos escolhidos do Pe. José Kentenich sobre a Aliança de Amor. Peter Wolf. Sociedade Mãe e Rainha, 2014, Santa Maria/RS.