Sexto dia da Novena de Natal
O jovem casal, José e Maria, finalmente chega a Belém. Podemos imaginar o alívio que isso traz para eles: “Conseguimos! Deus nos amparou e Maria dará à luz em um lugar seguro.” Então, Maria deve ter ficado aguardando, para não ter que andar muito, e José vai à procura de uma boa hospedaria. A primeira está lotada, a segunda não é tão boa, mas, também já não tem mais vaga, assim, José vai descendo o padrão de qualidade nas suas escolhas…. Até não ter mais nada a escolher. “A vontade de Deus, a sua história e o seu projeto passam também através da angústia de José”, escreve o Papa Francisco. “Assim ele ensina-nos que ter fé em Deus inclui também acreditar que Ele pode intervir inclusive por meio dos nossos medos, das nossas fragilidades, da nossa fraqueza. E ensina-nos que, no meio das tempestades da vida, não devemos ter medo de deixar a Deus o timão da nossa barca. Por vezes, queremos controlar tudo, mas o olhar d’Ele vê sempre mais longe.”[1]
Coloquemo-nos nas ruas de Belém e, com José, vamos dizer para Maria que, o único lugar disponível é um curral, fincado num buraco, onde estão também alguns animais. Se nós nos desmoronamos só de imaginar isso, José o fez do melhor modo possível e Maria acolheu do mesmo modo, um facilitando a vida do outro, e ambos se dirigem para lá, com uma “coragem criativa”, diz o Papa e “esta vem ao de cima… Com efeito, perante uma dificuldade, pode-se estacar e abandonar o campo, ou tentar vencê-la de algum modo. Às vezes, são precisamente as dificuldades que fazem sair de cada um de nós recursos que nem pensávamos ter…
José é o homem por meio de quem Deus cuida dos primórdios da história da redenção. Ele é o verdadeiro “milagre”, pelo qual Deus salva o Menino e sua mãe. O Céu intervém, confiando na coragem criativa deste homem que, tendo chegado a Belém e não encontrando alojamento, onde Maria possa dar à luz, arranja um estábulo e prepara-o de modo a tornar-se o lugar mais acolhedor possível para o Filho de Deus, que vem ao mundo.”[2]
mpriment
Aplicar em minha vida:
José é venerado como aquele guardião, que cuida dos bens financeiros, talvez porque ele conheceu tão bem o que é não ter nada e, ao mesmo tempo, descobrir tesouros no pouco que Deus lhe oferece. José aceita com simplicidade o “pior lugar”, como o maior presente de Deus. Ele nos exorta a redescobrir *o valor do silêncio, da prudência e da lealdade no cumprimento de nossos deveres”.[3] Quais são os deveres do cotidiano que você precisa realizar melhor? |
Texto: Ir. M. Nilza P. da Silva
Rezemos com Maria e com São José:
Vem Jesus, ó Rei divino,
ao meu pobre coração.
Eu te espero com saudade,
alegria e gratidão.
Se o mundo te rejeita,
com dureza e rigor,
Minha alma te acolhe,
com ternura e amor.
[1] Patris Corde, 2
[2] Patris Corde, 5
[3] https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2020-12/ano-sao-jose-indulgencia-plenaria-penitenciaria-apostolica.html