Renovar a sociedade pela família
Simoni e Marcus Bilhão – Os tristes fatos e acontecimentos da atualidade nos deixam indignados. A sociedade está mergulhada numa superficialidade onde os problemas de corrupção, desemprego, pobreza, fome, violência, drogas, aumento do divórcio e o desprezo pela vida fazem com que as pessoas percam a esperança e passem a não confiar em mais nada. Estes trágicos acontecimentos devem, forçosamente, serem combatidos com ações que possam solucionar verdadeiramente estes problemas e requer, cada vez mais urgente, uma autêntica conversão de corações.
Nós devemos conduzir a vida
As agitações e correrias da vida moderna nos fazem perder a tranquilidade e, como consequência, a paciência com as pessoas que amamos e com o próximo. Somos levados pelo corre-corre da vida, mas isso deveria ser diferente, nós é que deveríamos conduzir a nossa vida sem deixar as coisas do mundo invadir o nosso modo de ser e agir. Estamos esquecendo quem somos, perdendo a identidade. Vivemos num tempo em que predomina o relativismo, aonde tudo pode ser possível segundo argumentos lógicos, tudo é permitido e tudo pode ser certo, não existe o errado, senão visões diferentes da realidade. O importante é ser feliz, mesmo que seja uma felicidade momentânea. Precisamos reagir! Não podemos nos orientar pela “cabeça” dos outros ou pela mídia sem questionar se é um bem ou um mal aquilo que nos é apresentado.
A sociedade está em crise e apresenta sintomas de doenças múltiplas. Logo podemos concluir que se a sociedade está doente é porque sua célula básica, a família, também está doente.
A família está no princípio de tudo, no princípio da criação (Gn 2, 18.21-24). Quando Deus criou Adão e Eva à sua imagem e semelhança, constituiu a primeira família, concebida como comunidade de vida humana, como comunidade de pessoas unidas no amor, mas o pecado original não estava no seu plano e esta família se desestruturou.
No entanto, o plano de Deus se concretizou na Família de Nazaré, aonde Maria, por obra do Espírito Santo, deu a luz a seu filho e o educou, com José, segundo a vontade de Deus.
Esta é a família ideal constituída por Deus, onde todas as demais famílias devem se espelhar, assim como diz uma música do Pe. Zezinho: “Tudo podia ser melhor, se o Natal não fosse um dia e se as mães fossem Maria e se os pais fossem José e se a gente parecesse com Jesus de Nazaré”.
Não basta viver. Devemos fazê-lo com dignidade. Nossa vida vem de Deus. Ele a nos deu como máxima expressão de amor. Deu-nos sua Mãe para que fosse nossa mãe, para tornar ainda mais próximo o seu amor, para que a aliança com Ela seja garantia de nossa consciência de aliança com Deus.
O que fazer quando nos sentimos interiormente vazios tomados pela solidão?
Pensar na Aliança de Amor com a querida Mãe de Deus e dizer: “Sim, Nossa Senhora me foi dada por mãe” e eu a reconheci como mãe pela Aliança de Amor. Eu me entreguei a Ela e Ela se entregou a mim como mãe. Devo manter uma forte vinculação interior com Ela com o propósito declarado de que Ela me tome pelas mãos, acolha-me em seu coração e conduza-me profundamente ao Coração de Jesus e ao Coração de Deus Pai.
A Mãe Deus é a grande missionária e por meio da Imagem Peregrina ela realiza milagres pelo mundo afora. Quantas famílias, pessoas são salvas pelo milagre da transformação e da conversão.
Participando de um encontro de casais da União de Famílias, numa casa de encontros em Curitiba/PR, enquanto eu preparava o leite dos meus filhos conheci uma moça que mora no nordeste – não me recordo o nome da cidade – mas ela veio para um encontro da Pastoral da Criança e neste encontro havia pessoas de diversos lugares do país. Ela então, numa rápida conversa, disse-me que conhecia a Mãe e Rainha, que todo mês ela e sua família recebiam a imagem Peregrina em casa e que depois que começaram a recebê-la a sua família mudou da “água para o vinho”. Antes não havia diálogo, compreensão e muito menos amor. Sua mãe estava para se separar do seu pai que bebia muito, hoje ele não bebe mais e todos os dias eles rezam o terço juntos. Isso é maravilho! A Mãe de Deus é a grande Missionária da família e de todos nós, deixemos que Ela nos evangelize e nos conduza a Deus Pai.
Se quisermos então renovar a sociedade e torná-la mais solidária, mais cristã, mais harmônica e mais justa para todos, precisaremos apoiar a família, ajudá-la em todas as suas necessidades, tanto material quanto espiritual, de forma a cumprirem a sua missão. E a Aliança de Amor é o caminho para esta conquista. Considerando a situação atual da sociedade concluiremos que esse empenho é urgente.