Há decisões na vida, pequenas e grandes, que exigem coragem, discernimento e oração. O dia 20 de janeiro de 1942 representa, na trajetória do Pe. José Kentenich e em toda a Obra de Schoenstatt, uma grande decisão.
Nessa data ele aceitou, livremente, o caminho que a Providência Divina indicava: ser enviado ao campo de concentração de Dachau como prisioneiro.
Pe. Kentenich abriu mão de lutar pela liberdade para ir ao encontro de algo maior. Por meio de muito discernimento e oração, ele compreendeu que a Providência Divina lhe mostrava o caminho da cruz. Uma decisão ousada, mas que conquistou muitos frutos!
80 anos depois, podemos nos perguntar: por que esse fato é relevante em minha vida pessoal, profissional, familiar…? De que forma o “20 de Janeiro” influencia nossa vida diária hoje? Nossas escolhas são feitas à luz da fé e da confiança na Providência?
Alguns schoenstattianos compartilham conosco suas reflexões:
Ir. M. Iracema Betoni, Instituto das Irmãs de Maria de Schoenstatt, Cornélio Procópio/PR
O “20 de Janeiro” requer atitude de confiança filial heroica e de entrega à vontade de Deus. Em tempos de insegurança, de incerteza e de medo, o “20 de Janeiro” é uma LUZ que ilumina minhas decisões. Nos momentos mais difíceis, olho para nosso Pai e Fundador e, a seu exemplo, rezo e imploro ao Espírito Santo que me ilumine e peço a ele, nosso Pai e Fundador, que interceda por mim junto a Deus. Sempre tive a resposta, mesmo que às vezes tenha demorado e muitas vezes elas sejam bastante duras. Porém, na confiança filial e convicta de ser a vontade de Deus, tudo se ilumina e se torna possível.
Falar da influência do “20 de janeiro” na minha vida é falar de liberdade, aquela liberdade que dá o tom, o aroma para eu desenhar e colorir o mundo que me rodeia de acordo com os princípios e valores cristãos sem preconceitos, sem medo, sem me preocupar se o outro vai ou não gostar ou deixar de gostar.
Neste tempo de tanta provação a respeito da integridade de nosso Pai e Fundador, viver sobre a influência do “20 de Janeiro” é dar prova a mim mesma da verdadeira filialidade perante Deus, é provar a minha fidelidade à Aliança de Amor que selei com a Mãe no Santuário. A fidelidade filial pede o enlaçamento de sorte, de compartilhamento da minha vida com a vida do Fundador; é com ele abraçar a cruz e juntos trilharmos o caminho da dor confiante na vitória.
Deixar o 20 de janeiro tomar parte na minha vida é rezar com nosso Pai e Fundador: “Mãe, queres o esvaimento lento de todas as forças espirituais: Adsum! (Eis-me aqui!) Queres a minha morte: Adsum! Mas cuida que todos os que me destes amem a Deus, aprendam a viver e a morrer por Ele”.
Giovanna Formigoni, Juventude Feminina de Schoenstatt, São Paulo/SP
Quando visitei Dachau, pude aprender mais sobre o Pai e Fundador e um pouco do que ele viveu no campo de concentração. Lá pude perceber a grandeza da decisão que ele tomou no dia 20 de janeiro de 1942, um exemplo de filialidade muito grande, confiando que Deus cuidaria de todas as coisas e mantendo a fé desde o momento em que se decidiu por Dachau.
Foi ali, no campo de concentração, que eu decidi selar a minha Aliança Filial, pedindo para que o Pe. Kentenich me ajudasse a chegar a Deus através da minha fé, confiança e filialidade.
O Segundo Marco Histórico representa uma decisão do Pe. Kentenich que influencia minha vida diária. Através dele eu posso estar cada vez mais próxima de Deus, trabalhando minha autoeducação, fidelidade e buscando meus ideais.
Hilmar Bonfim, Terço dos Homens Mãe Rainha, Salvador/BA
O “20 de Janeiro” nos encoraja até hoje em nossa vida diária. Vemos, nessa atitude do Pe. Kentenich, que devemos sempre fazer o nosso ordinário extraordinariamente bem e confiar cegamente na Providência Divina, estando atento aos sinais de Deus em nossa vida de cristãos. Como o Pai e Fundador nos fala até hoje, precisamos andar “com a mão no pulso do tempo e o ouvido no coração de Deus”. Confiar, confiar e confiar cegamente!
E você? De que forma o “20 de janeiro” está presente na sua vida? Se desejar, deixe escrito abaixo, nos comentários.