E boas companhias não apenas para as férias, mas para todo esse novo ano que inicia…
Em Busca do Pai – Um lugar para Deus no mundo de hoje
“Vivemos uma sociedade sem pais e […] aconteceu que a progressiva perda do pai acabou provocando uma interpretação negativa da imagem de Deus”.
A quem pertence essa frase?
Muitos poderiam dizer que são palavras do Pe. José Kentenich – e passariam bem perto.Na verdade é uma citação do livro “Em Busca do Pai”, escrito por Gian Franco Svidercoschi. Assim como nosso Pai e Fundador, esse autor italiano propõe resgatar a identidade e a missão paterna no seio das famílias, pois ela reflete a paternidade divina.
Quanto mais os pais assumem seu real papel, com responsabilidade, diante dos filhos, mais os filhos podem ver neles o reflexo de Deus, explicam as páginas da publicação.
Segundo o autor, este é mais uma viagem do que um livro. Uma viagem ao interior da religiosidade para verificar as consequências que um progressivo obscurecimento da paternidade divina, acentuado pelo escurecimento da paternidade humana, provocou no mundo.
A arte de aproveitar as próprias faltas
Quando o Pe. José Kentenich fala sobre o sacramento da Reconciliação (Confissão), ele busca diversos conselhos em São Francisco de Sales. As orientações do Pai e Fundador, nas palestras, conferências e conversas, convidam a experimentar a misericórdia de Deus também por meio de nossas misérias pessoais.
É isso que trata o livro “A arte de aproveitar as próprias faltas”, um clássico que há mais de cem anos vem abrindo a esperança até os corações mais cheios de culpa.
Joseph Tissot utiliza inúmeros conselhos de São Francisco de Sales para que os pecados não sejam “desperdiçados”, mas se tornem instrumento para a santificação. “É uma regra geral que ninguém será tão santo nesta vida que não esteja sujeito a cometer imperfeições. Perturbar-se e desanimar, quando se vai em pecado, é não conhecer a si mesmo”.
São Francisco de Sales, assim como o Pe. Kentenich, nos conduz a olhar para os pecados com mais leveza – não para se “acostumar” ou deixar-se vencer por eles, mas para enxergá-los como Deus os vê. É justamente na queda que se experimenta a misericórdia e a grandeza de Deus.
O Pavilhão dos Padres – Dachau 1938-1945
Lançado no Brasil em 2018, o livro traz a história dos padres, religiosos e seminaristas que viveram no campo de concentração de Dachau. A pesquisa do jornalista francês Guillaume Zeller retoma os passos de 2.720 sacerdotes ou candidatos ao sacerdócio que viveram entre os muros do primeiro campo nazista.
Entre esses estão o Pe. José Kentenich – que “pertence ao grupo de alemães mais brilhantes”, segundo escreve o autor – e os beatos da Família de Schoenstatt: Pe. Karl Leisner, Pe. Gerhard Hirschfelder e Pe. Alois Andritzki (esses três têm sua foto impressa na capa original do livro, em francês).
A ordenação sacerdotal do Pe. Karl Leisner é descrita como um evento único em toda a história, “um sinal de vitória do sacerdócio contra o nazismo”. Também as acrobacias do Pe. Alois Andritzki, que animavam e divertiam os companheiros, ganham um contraste significativo entre os horrores descritos.
Em Dachau, 1.034 religiosos entregaram suas vidas, tornando esse campo de concentração o maior cemitério de padres católicos do mundo. O livro traz dados tristes da história, mas também apresenta muitos frutos que brotaram a partir do sangue de tantos mártires. A fundação da Obra das Famílias de Schoenstatt e do Instituto dos Irmãos de Maria são dois desses frutos marcantes que ali estão.