“É minha terra natal, minha terra de Schoenstatt!”
O Hino da Minha Terra é um conjunto de versos que compõem o livro de orações ‘Rumo ao Céu’. Esta oração foi escrita pelo Pe. José Kentenich num período muito grave da epidemia de tifo, quando estava preso no campo de concentração de Dachau/Alemanha, durante o inverno de 1943. Era um cenário de grande tribulação, onde centenas de prisioneiros morriam e a insegurança existencial para muitos se tornava insuportável. Nessa composição, o Pai e Fundador descreve as características que o Movimento Apostólico de Schoenstatt almeja, as “grandes estrelas da nossa vida”, segundo ele afirma, pois “O Hino da Minha Terra canta os mais altos ideais”.
Na festa da Candelária, em 2 de fevereiro, o Pe. Kentenich compôs as quatro primeiras estrofes, a sexta e o refrão. Ele as dedicou às Irmãs de Maria da Casa de Retiros, em Schoenstatt, cujo ideal era “Prado de sol”. A quinta estrofe foi escrita mais tarde, em data que não se pode precisar. O Pai e Fundador salientou muitas vezes que este cântico luminoso surgiu na mais escura noite de Dachau.
“É a segunda poesia que nasceu na época de correspondência ilegal… em 5 de março de 1943. Era o tempo da grande fome, de grandes epidemias. Milhares morreram. Falava-se e fala-se do inferno de Dachau. E no meio deste inferno foi feito o Hino do Céu”, ele conta à Família de Schoenstatt brasileira (Londrina/PR, 14.04.1947).
As seis estrofes do Hino descrevem, cada uma delas, Schoenstatt como terra do amor, da pureza, da liberdade, da alegria, da verdade, da vitoriosidade.
Hino da Minha Terra
(600) Conhece a terra tão cálida e acolhedora,
que o eterno Amor construiu para si,
onde corações nobres pulsam,
intimamente unidos
e se suportam com alegria sacrifical;
onde abrigando uns aos outros,
se inflamam e afluem para o coração de Deus;
onde brotam torrentes borbulhantes de amor,
para saciar a sede de amor no mundo?
Sim, eu conheço esta terra maravilhosa,
é o prado de sol no brilho do Tabor,
onde nossa Senhora Três Vezes Admirável
impera no meio de seus filhos prediletos
e retribui fielmente todos os dons de amor,
revelando sua glória, sua infinda e rica fecundidade:
é minha terra natal, minha terra de Schoenstatt!
(601) Conhece a terra tão rica e pura,
reflexo da beleza eterna,
onde almas nobres e fortes
desposam o Cordeiro de Deus;
onde olhos brilhantes irradiam calor
e mãos bondosas aliviam sofrimentos;
onde mãos puras se unem constantemente
em oração, para banir os poderes do inferno?
Sim, eu conheço esta terra maravilhosa,
é o prado de sol no brilho do Tabor,
onde nossa Senhora Três Vezes Admirável
impera no meio de seus filhos prediletos
e retribui fielmente todos os dons de amor,
revelando sua glória, sua infinda e rica fecundidade:
é minha terra natal, minha terra de Schoenstatt!
(602) Conhece a terra, igual ao céu,
o reino da liberdade, ardentemente almejado,
onde a magnanimidade e o sentido do decoro
vencem a tendência que arrasta para baixo;
onde os mais leves desejos de Deus
vinculam e despertam alegre decisão;
onde sempre se impõem vitoriosamente,
segundo a lei fundamental do amor?
Sim, eu conheço esta terra maravilhosa,
é o prado de sol no brilho do Tabor,
onde nossa Senhora Três Vezes Admirável
impera no meio de seus filhos prediletos
e retribui fielmente todos os dons de amor,
revelando sua glória, sua infinda e rica fecundidade:
é minha terra natal, minha terra de Schoenstatt!
(603) Conhece a terra impregnada de alegria,
porque nela o sol não conhece ocaso;
onde os corações vivem serenos,
na posse dos bens eternos;
onde coração e vontade se deleitam, sem cessar,
com os abundantes dons de Deus;
onde a vara mágica do amor logo transforma
toda a tristeza em alegria?
Sim, eu conheço esta terra maravilhosa,
é o prado de sol no brilho do Tabor,
onde nossa Senhora Três Vezes Admirável
impera no meio de seus filhos prediletos
e retribui fielmente todos os dons de amor,
revelando sua glória, sua infinda e rica fecundidade:
é minha terra natal, minha terra de Schoenstatt!
(604) Conhece a terra, a nação de Deus,
que o Senhor construiu para si:
onde reina a veracidade
e a verdade domina e triunfa;
onde nosso agir e omitir são julgados,
segundo as santas normas da justiça;
onde o amor une corações e mentes
e o Senhor e Mestre empunha o cetro?
Sim, eu conheço esta terra maravilhosa,
é o prado de sol no brilho do Tabor,
onde nossa Senhora Três Vezes Admirável
impera no meio de seus filhos prediletos
e retribui fielmente todos os dons de amor,
revelando sua glória, sua infinda e rica fecundidade:
é minha terra natal, minha terra de Schoenstatt!
(605) Conhece a terra pronta para o combate,
habituada a vencer em todas as batalhas,
onde Deus desposa os fracos
e os escolhe como instrumentos;
onde todos confiam nele heroicamente
e não se apoiam em próprias forças;
onde, jubilosos, estão prontos
a entregar por amor o sangue e a vida?
Sim, eu conheço esta terra maravilhosa,
é o prado de sol no brilho do Tabor,
onde nossa Senhora Três Vezes Admirável
impera no meio de seus filhos prediletos
e retribui fielmente todos os dons de amor,
revelando sua glória, sua infinda e rica fecundidade:
é minha terra natal, minha terra de Schoenstatt!
Explicação sobre a 1ª Estrofe – amor
Explicação sobre a 2ª Estrofe – pureza
Explicação sobre a 3ª Estrofe – liberdade
Explicação sobre a 4ª Estrofe – alegria
Explicação sobre a 5ª Estrofe – verdade
Explicação sobre a 6ª Estrofe – vitoriosidade
Referências
Nota de rodapé do Rumo ao Céu
Herança do Tabor vol. I – Pe. José Kentenich, 2ª edição, 1992.
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