11 de fevereiro – Dia Mundial do Enfermo
Marilsa Angela Liviero Lima – São Camilo de Lellis (padroeiro dos enfermos) dizia: “Os hospitais são os nossos jardins e as nossas missões”. Também falava que “os doentes nos revelam o rosto de Deus”.
Neste dia 11 de fevereiro recordemos, de forma especial, os enfermos; os que estão hospitalizados, mas também os que estão em asilos ou em suas casas – entre esses, tantos abandonados.
O cuidado com o enfermo não é uma missão fácil, devido à fragilidade emocional na qual essa pessoa se encontra.
Em muitos momentos presenciamos relatos de tristeza, sensação de inutilidade do doente devido à perda de independência, sentimento de abandono, revolta, falta de esperança e até falta de “força” para seguir adiante.
Nós precisamos estar atentos a esses sinais e precisamos buscar incessantemente ser, para essas pessoas, um reflexo de Deus.
Nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, em 1926 incentivou a formação da Liga dos Enfermos de Schoenstatt, pois estava convicto de que a doença faz parte do mistério da Cruz e, por isso, significa força divina.
A aceitação das dores da enfermidade é um meio de santificação própria e de fecundidade apostólica. Mas, não é uma missão fácil, então nós precisamos nos esforçar para ajudar aqueles que sofrem, para que vivam uma intimidade com Deus.
Rezar com eles, ter um tempo para escutar, mesmo em meio à correria do trabalho ou do dia a dia, trazer palavras de paz e esperança, oferecer nosso cuidado e afeto.
Precisamos ser, para eles, sinal de paz para tentar amenizar a tempestade que estão enfrentando.
Muitas situações ficaram marcadas no coração nesses quase 20 anos como profissional da saúde, mas partilho um acontecimento recente…
Um paciente, que havia sofrido um grave acidente e que ainda permanecia confuso devido a um edema cerebral, em uma certa manhã ficou muito agitado durante o banho.
A família já havia mostrado ser católica ao trazer uma pequenina imagem de Nossa Senhora para ser colocada na bancada junto ao leito e, em meio às agressões físicas e verbais a mim e a outro profissional, coloquei a mão na cabeça dele e comecei a rezar a Oração da “Salve Rainha” – e ele começou a rezar comigo.
Na alta, após o mesmo ficar lúcido, ele me procurou para agradecer e relatou que naquele dia estava com o coração aflito e preenchido pelo medo, mas, quando rezamos, ele foi preenchido pela paz.
O Pe. Ottomar Schneider dizia: “Filha, esta profissão é um apostolado! Com ela você pode ser reflexo de Deus para as pessoas e também se aproximar mais de Deus.”
“Os enfermos são as pupilas do coração de Jesus e o que fizermos a eles, faremos ao próprio Deus”
Esta frase de São Camilo retrata bem como devemos ser… Façamos ao próximo, ao enfermo, de forma que ficássemos felizes caso estivéssemos no lugar deles. E lembremos sempre que o que fazemos ao próximo fazemos ao próprio Deus.
Que nossa amada MTA nos ajude a ser reflexo do bom Deus para os que estão sob nosso cuidado e que possamos ser como Verônica e Simão de Cirene na vida do outro. E não esqueçamos de rezar diariamente pelos enfermos.
Se você não é profissional da saúde, mas gostaria de realizar uma missão nesta área, o Movimento Apostólico de Schoenstatt tem um ramo e alguns apostolados em benefício dos enfermos: conheça a Liga dos Enfermos e a Campanha da Mãe Peregrina, na modalidade dos enfermos.