Santuários unidos pela paz

 

Ir. M. Nilza P. da Silva – “A paz esteja convosco!” (Lc 24, 36). Esta é a primeira saudação de Cristo ressuscitado! Este é o seu desejo e ao mesmo tempo o presente que ele nos mereceu pela sua paixão, morte e ressurreição. Mas, essa paz depende da abertura do coração de cada um para a atuação do Espírito Santo, “o Espirito da paz”.  “A verdadeira paz pode ser conseguida somente quando for presenteado um novo milagre de Pentecostes”, disse o Pe. José Kentenich, num retiro para Unionistas e Irmãs de Maria.¹

 

Por isso, no dia 2 de março, os Santuários de Schoenstatt, de Sul a Norte do Brasil, se tornaram Cenáculos de oração. Com toda a Igreja e unidos ao Papa Francisco, em seu pedido de oração e jejum pela paz. “Estou trabalhando e conectada com o Tabor,” escreve Thais Volkweis, que como tantas outras pessoas acompanharam as 12 horas de adoração, transmitidas pelas Redes Sociais, no Santuário Tabor, em Santa Maria/RS.

 

“Às 15 horas, algumas mães schoenstattianas se reuniram com a assessora no Santuário, Tabor Maria Cor Ecclesiae, em Porto Alegre/RS, para rezar o terço pela paz, como resposta ao convite do Papa e da Família internacional de Schoenstatt. Foi um momento único em que sentimos a força da oração que move o céu e a terra. Desejamos continuar neste clima de oração e unidade pelas grandes intenções da Igreja, pela santificação do clero e das famílias”, escreve Ir. M. Elisa Görck. A Família de Schoenstatt, em Guarapuava/PR, das 12 às 15 horas, fez a adoração, no Tabor das Vocações,  e às 16 horas, finalizaram com a Santa Missa.

 

O reino de Deus é um reino da paz.

Essa atmosfera de paz foi vivenciada e suplicada por quase 800 pessoas em adoração, durante 24 horas, no Santuário Tabor da Presença do Pai, em Atibaia/SP. Durante todo o dia havia muitos presentes, de mãos postas e lábios orantes. Mas, não caberia no Santuário os que estavam conectados, a partir de seus lares, num Cenáculo que se estendia pelo Brasil. “Querida Mãe Rainha uno-me ao Teu Coração ao Coração de Deus Pai , onde Reina a Paz, o Amor e a Esperança da certeza da Vitória em todas as situações, pelo fim da guerra e por todos países em conflito”, reza Veneranda Rufina Reina, por meio do chat.

 

Ana maria Rosa da Silva quer ser um apoio também para os que lutam pela paz, por meio da oração: “Ofereço isso ao Capital de Graças por todas as famílias que rezam pela paz!”  José Edileudo revive a história de Schoenstatt, permeada pelo empenho pela paz, durante as guerras: “Pedimos a nossa Mãe Peregrina que, assim como na guerra protegeu o Padre José kentenich, também proteja o povo ucraniano, fazendo com que, por meio de Jesus Cristo, a guerra da Rússia acabe.”

Regina Nascimento não conseguiu conectar-se a um Santuário Filial, a partir de seu Santuário Lar “Tabor da Filialidade”, uniu-se ao Cenáculo mundial de Schoenstatt. “Do meu pedacinho do céu aqui em casa, unidos em oração para transfigurarmos a realidade”, escreve ela.

 

 

A família de Schoenstatt, em Araraquara/SP, além se organizou e cada um, de seus santuários lares, entoavam a Ave-Maria pelo fim da guerra e a súplica pela paz. Portanto, no Santuário Tabor da Alegria Vitoriosa, desde as 7 horas havia a oração do Santo Terço, de hora em hora, encerrando às 19 horas com a reza da Via Sacra.

 

Sim, como diz nosso Fundador, precisamos buscar na oração “a grande resposta ao grito de saudade do mundo moderno e da nossa própria alma, pela paz.”² “No Santuário Tabor da Nova Evangelização, em Olinda-Recife/Pe, respondemos ao chamado do Papa de oração pela paz com 12 horas de adoração ao Santíssimo Sacramento. Iniciando as 7h30 até as 19h30min”, escreve Suellen Figueiredo. Toda família de Schoenstatt local e também outros membros da comunidade local estavam presentes.

 

A paz é um fruto do dom da Sabedoria, dado pelo Espírito Santo.

Pessoas verdadeiramente sábias, sabem conviver com respeito perante as diferentes concepções e diferentes maneiras de interpretar os acontecimentos do mundo. Um pouco, ou muito disso, vivenciamos em nossa Família Internacional de Schoenstatt, especialmente quando nos unimos para atividades comuns, como foi no dia 2 de março, às 15 horas, na reza do terço internacional, junto ao trono de nossa querida Rainha da Paz, no Santuário Original. As Ave-Marias que se elevavam em vários idiomas partiam também de vivências e culturas muito diferentes e eram respondidas por milhares conectados pelo Canal do Youtube, nos 5 continentes do mundo. “Unidos pela Aliança de Amor, rezemos pela paz na Ucrânia e no mundo”, é a prece-resposta de Inês Gimenes Rodrigues. “Mãe e Rainha, peço pela paz! Proteja a população inocente e os voluntários que ajudam. Roga por todos, Rainha da Paz”, reza Fernando Negrisoli​ 

 

Somos enviados como missionários da paz

Ao enviar, pela primeira vez, missionários para anunciar sua mensagem, Jesus os instruiu como deveriam agir e o que dizer: “Assim que entrardes numa casa, dizei em primeiro lugar: ‘Paz seja para esta casa!’ Se morar ali um filho da paz, a vossa bênção de paz repousará sobre ele; caso não haja, ela voltará para vós.” (Lucas 10, 5-6) Levar a paz é, portanto, a identidade de um verdadeiro discípulo missionário de Jesus.

Isso nos motiva a rezar também por nossa vida a oração pela paz, cuidando que ela reine em nossa casa, em nosso lugar de trabalho, em todos os ambientes coletivos. Essa pequena ação – que na verdade é muito grande – cria ondas de paz que se estendem muito além do que imaginamos. Chega também ao coração de Deus, que atende nossas súplicas e nos envia novamente: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio.” (Jo 20,21)

 

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¹ Pe. José Kentenich, em O Espírito Santo e o Reino da Paz, agosto de 1930

² Idem