Ele está no Monumento dos Heróis: Como aconteceu o translado?
Terezinha Cavicchioli Abram – Schoenstatt é um acontecimento histórico e atual que se desenvolve a cada dia. Isso nós vemos nas palavras de nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich: “O conhecimento dos fatos históricos deve transformar-se em reconhecimento através da interpretação dos fatos. Daí cresce em nós a responsabilidade histórica e a missão histórica, por uma Obra assim considerada” (Diretrizes do Fundador).
Hoje vamos recordar o momento histórico do translado dos restos mortais do Dr. Fritz Kühr do cemitério de Rolândia/PR para junto do Santuário da Esmagadora da Serpente, em Londrina/PR. Foi um acontecimento que marcou profundamente não só a Família de Schoenstatt do Brasil, como também a Família Internacional de Schoenstatt.
O translado foi preparado e acompanhado de um Congresso Internacional que aconteceu de 11 a 16 de julho de 1974. As conferências foram dadas em sua maior parte pelo Pe. Johanes Tick. A Liga de Famílias do Brasil teve um papel atuante e fundamental nesse acontecimento. A corrente da coroação da Mãe de Deus e as romarias de 25 Km a pé, desde Londrina até o cemitério de Rolândia, feitas pela Liga de Famílias, Mães e Juventudes, foram no sentido da conquista da missão específica da Obra das Famílias e pelo êxito do Translado.
O ponto alto do Translado constituiu-se em três partes:
A) Escavação e retirada dos restos mortais, no dia 10 de julho, sendo colocado em uma urna de zinco e novamente depositado no túmulo.
B) Busca da urna no dia 15 de julho, com uma caravana de 25 carros e 2 ônibus. A urna de zinco foi retirada do túmulo e colocada em uma urna de madeira entalhada com o símbolo da pedra fundamental do Santuário das Famílias.
C) Dia 16 de julho, deposição dos restos mortais no Monumento dos Heróis, ao lado do Santuário, procedida de uma missa concelebrada por dez sacerdotes e presidida por Dom Geraldo Fernandes, Arcebispo de Londrina.
Palavras do Pe. Tick neste ato: “Dr. Kühr um homem que se encontrava no sagrado recinto do matrimônio e família, aceitou com fé, dentro de seu coração, o mistério deste Santuário. Filialmente com fé vivia em sua vida e testemunhando na sua morte. Agora, colocando-o na sepultura, um outro deveria estar aqui neste momento para usar a palavra certa. Ninguém poderia ser senão nosso Pai e Fundador. De sua boca recebeu a mensagem do Santuário e o ancorou dentro de sua alma. Cresceu em sua escola e amadureceu para o homem do Tabor, em cujo coração a Mãe de Deus revelou a heroica filialidade”.
Quando nosso Pai e Fundador expressou que os fatos históricos devem transformar-se em reconhecimento, poderíamos nos perguntar: Por que a Divina Providência quis que tão grande acontecimento se realizasse no Brasil, mais especificamente em Londrina? A Mãe de Deus já preparava esta terra para tão grande acontecimento. O desejo do Dr. Kühr foi de trabalhar no Movimento em nossa pátria.
Nosso e Pai Fundador disse: “A missão do Dr. Kühr é muito vasta, exige um profundo espírito sacrifical e o holocausto de si mesmo. Com a missão é transmitido força, objetivo e graça”. Como Obra das Famílias assumimos com fé esta missão sagrada. O futuro de nossa história trará frutos para nossa família. Dr. Kühr é representado com uma Ametista, enviada do Brasil, na coroa da Mãe de Deus no Santuário das Famílias em Schoenstatt.
O lema do Translado e Congresso foi: “Pai, no espírito de Dachau, prontos para a missão, aceita-nos e usa-nos como pedra preciosa na coroa da Rainha”.
Terezinha Cavicchioli Abram
Instituto de Famílias de Schoenstatt