Mulheres que transfiguram a realidade

 

Ir. M. Nilza P. da Silva – O Dia Internacional da Mulher, neste ano, acontece numa realidade de súplicas incessante pela paz. Esse tempo precisa de grandes mulheres. Nosso Pai e Fundador, Pe. Kentenich, disse, aqui no Brasil: “A Mãe de Deus precisa aparecer. Sempre que o mundo estava prestes a desmoronar, a Mãe de Deus apareceu. Ela foi destinada por Deus a restituir a paz ao mundo.”[1]

A partir de sua presença como Educadora, no Santuário, a Mãe de Deus multiplica sua imagem e aparece em tantas realidades, ajudando a transfigurar e a tecer redes de paz. Nossa homenagem de hoje vai a cada uma dessas pequenas aparições de Maria, presentes em nosso meio. Vejamos algumas delas:

 

Daniela Gonçalves de Aguiar

Me chamo, Daniela, nasci em São Sebastião do Paraíso/MG, estou no Movimento Apostólico de Schoenstatt, desde 2013. Quando pequena, sempre dizia para minha mãe que eu gostaria de ser psicóloga, para cuidar das pessoas que sofriam. Aos 8 anos, perdi minha prima de 1 aninho por câncer. Isso marcou a minha vida e aumentou ainda mais o meu anseio por cuidar de pacientes Oncológicos.

Durante minha graduação, em psicologia, tive a oportunidade de fazer estágio em alguns hospitais oncológicos, a honra de conhecer pessoas incríveis e deixar um pouquinho de mim com elas. Na graduação também, ao fazer vários grupos terapêuticos junto de pessoas enlutadas, fui me encantando com esse trabalho.

Quando me formei, fui trabalhar numa instituição que presta suporte a pacientes Oncológicos e em Cuidados Paliativos. Pude acompanhar várias pessoas em fim de vida: crianças, adolescentes, adultos, idosos e seus familiares. Acompanhei várias pessoas enlutadas, por perdas da COVID-19, inclusive muitos profissionais de saúde, que estavam na linha de frente.

No fim do mês de dezembro, de 2021, passei num processo seletivo e vim morar e trabalhar em São Paulo/SP, agora numa nova missão, num hospital público.

No meu dia a dia, muitas vezes, ouço essa frase: “Eu não sei como você dá conta de trabalhar com tanto sofrimento e dor.”
Na verdade, como uma filha schoenstattiana, sei que minha força, vem da minha Aliança de Amor e entrego o meu dia, a minha vida, na mão de nosso Pai. Vivencio diariamente as graças que trago em meu santuário-coração.

 

Joana Maria Alves da Silva

Ela é dirigente de grupo da Liga das Mães, em Jundiaí/SP, e nos fala: “Transfigurar a realidade, nos dias de hoje, é transformar a nossa vida em algo importante para Deus e para a Mãe. No contexto do meu trabalho faço tudo com amor – eu sou uma diarista, com muito orgulho. Como fez a Mãe de Deus, procuro ajudar, com amor e com alegria, as pessoas que estão ao meu redor, levando uma palavra amiga, uma palavra de amor.

É um mundo tão difícil para nós que temos filhos jovens. Não é fácil transfigurar nossa própria casa, mas a gente consegue, sendo uma pessoa dedicada à Mãe de Deus, sendo diferente, sendo uma pequena Maria no mundo.

Eu peço a Deus, todos os dias, que me ajude a ser sempre uma pessoa alegre no trabalho e na minha casa. Era para eu ser uma pessoa muito triste, sofri muito na infância, todo tipo de violência, até mesmo violência sexual. Mas, conheci a Mãe de Deus e nela eu me inspirei para me transformar em uma pessoa alegre. E eu consegui! Graças a Ela eu consegui “dar a volta por cima”, me transformar nessa pessoa alegre, cativante que sou. Por onde eu passo todo mundo diz que gosta de mim. Eu me sinto, hoje, uma pessoa diferente, não melhor ou pior que alguém, mas, uma pessoa muito abençoada por Deus.”

 

Elza Senda Fukuda

Sou médica endocrinologista, de Bebedouro/SP, pertenço a União de Mães. Fui criada numa família católica, conheci o Movimento de Schoenstatt e, em 2015, selei minha Aliança de Amor. A presença da Mãe de Deus em nosso santuário-lar “Mãe da Divina Providência”, muito me fortalece na caminhada. Em minha profissão, sempre me coloco como instrumento nas mãos da Mãe, sempre disponível, com paciência. MTA, quem me vê te veja. Nesses dois anos de pandemia a luta tem sido muito intensa. Mas, nunca perdi a esperança e nem deixei de levar a esperança e socorro para as pessoas que atendo. Sou apaixonada pela pedagogia do nosso Pai e Fundador, procuro aprender e estudar com afinco, o que me deixa muito feliz.

Estas e tantas outras mulheres ajudam a transfigurar a realidade! Elas irradiam a glória de Maria, são um pequeno Tabor vivo, cumprindo assim as palavras do Fundador, Pe. José Kentenich:

“Nosso Tabor deve irradiar a glória da Mãe de Deus… Ela é a grande Mulher formada e capaz de formar à imagem de Cristo…  Faça-se a pequena Maria formada e capaz de formar à imagem de Cristo.”[2]

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[1] Pe. José Kentenich, em Tabor Nossa Missão

[2] Pe. José Kentenich, em Tabor Nossa Missão