Já parou para pensar sobre isso?
Ana Paula Paiva – Schoenstatt não faz missão, é missão. Quantas vezes já ouvimos essa expressão?
Ela é, evidentemente, muitíssimo verdadeira e há várias acepções diferentes para ela. Nossa vida deve ser um reflexo da luz de Cristo que vive em nós, não é mesmo? Somos chamados a ser exemplo, dar testemunho, trabalhar pela Obra da salvação. Somos convidados, insistentemente, a levar aqueles que encontramos para o céu (especialmente os que Deus nos confiou, nossos cônjuges, filhos, irmãos de grupo e curso, etc). Nossa vida deve ser um “faça-se”, como foi o de Maria, um eterno movimento de receber (Anunciação) e entregar (Visitação), uma eterna missão.
Mas isso não nos deve soar como um ativismo exagerado, que não descansa e não enxerga o verdadeiro e mais importante apostolado: o do ser.
A ação pressupõe, sempre, oração, dizia o Fundador. Não é possível fazer sem ser, falar sem encarnar, agir sem vida interior. E é por isso que Schoenstatt não faz missão, é missão. Não realiza projetos apostólicos esporadicamente, mas sim – constantemente – orienta-se para a busca da santidade pessoal, familiar e a transformação do mundo que está em nosso entorno.
Somos sempre missionários e devemos estar sempre dispostos a levar a Cruz e a Imagem de Maria ao mundo, valentemente.
O melhor apostolado não é, portanto, o que tem mais visibilidade, mais interessados ou dura mais, mas sim – muito antes disso, o apostolado diário do testemunho de amor cristão, que rompe barreiras e que faz arder por Cristo a todos os que encontrarmos (E todos mesmo! O porteiro, o motorista do UBER, a professora da faculdade, o sacerdote, os irmãos naturais – todos, sem exceção, são pessoas que missionamos ao longo do dia, e que ficam com um pouco do aroma – e dos espinhos – de nossa luta pessoal pela santidade).
Que tenhamos sempre essa clareza: o nosso chamado à santidade é universal e intransferível. Que alegremente digamos sim a Deus em cada circunstância concreta de nossa vida.