Caminhos que ela usou para chegar ali e sua atuação no extremo sul do planeta
Ir. M. Nilza P. da Silva – Pe. Audinei Carreira da Silva, capelão da Marinha, na expedição para a Antártida, com o Navio Barão de Teffé, em 1984, que levou a imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt para ser entronizada no Polo Sul, continua a contar como ela preparou seu caminho de missão:
“Eu levei a Mãe e Rainha para lá, porque eu tenho vínculos com o Santuário e me sinto em dívidas espirituais com o Santuário. Conheci o Santuário quando fui lecionar no Colégio Mãe de Deus, em 1964. Ali conheci a espiritualidade de Schoenstatt e começou o meu vínculo. A primeira coisa que me chamou a atenção era a foto de José Engling em todas as salas de aulas. Eu quis saber quem ele era e uma Irmã me introduziu em Schoenstatt contando sobre a sua vida.
Fiz o meu diaconato em Santiago, no Chile, e ali atuei na paróquia dos padres de Schoenstatt. Também estive várias vezes ao Santuário Original, em Schoenstatt, na Alemanha e ali participei de alguns retiros. Tudo isso me preparou para levar a Mãe e Rainha para a Antártida.
Eu não sei dizer como está com as atividades religiosas ali onde está a ermida. Mas, sei que pessoas que vão trabalhar na Antártida tem na ermida o seu lugar de oração, assim como naquela época da entronização, havia pessoas religiosas que iam para a ermida. Ela se tornou um lugar significativo não somente para os militares, mas, também para os cientistas, jornalistas, que ali faziam os seus exercícios de piedade. Enquanto eu permaneci na Marinha, sempre recomendei aos capelães que mantivessem a ermida como lugar de oração e eles usavam a ermida para as celebrações religiosas.
Depois que retornei, fui informado que, numa tempestade, a cruz que estava no local caiu. Mas, a ermida com a Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt permanece até hoje bem firme. O incêndio que aconteceu na plataforma não atingiu a ermida, porque ela fica em um lugar mais alto, distante mais ou menos, 150 metros da plataforma.
O que o senhor espera que a Mãe de Deus realize a partir daquela ermida?
Veja bem, quando nós entronizamos a Mãe ali, havia pessoas de vários países que estavam ali a trabalho ou estudo. Já havia acontecido a Guerra das Malvinas e havia ali ingleses e argentinos. Mas, junto da ermida as pessoas se esqueciam de todos os conflitos que havia entre seus países e sabiam que ali era possível a ajuda mútua entre todos. Por exemplo, os chineses, da igreja do governo comunista, eles se esqueciam de todos os litígios políticos e ideológicos. Nós vivíamos em um clima fraterno e éramos bem acolhidos por todos. A presença do padre era bem acolhida em todas as plataformas.
Eu sempre atribuía tudo isso ao trabalho que a Mãe de Deus já estava realizando, a partir de sua ermida. De modo especial, no navio em que eu estava, o relacionamento entre as várias religiões e o entendimento era altamente harmonioso. Penso que a missão da Mãe e Rainha nessa ermida vai por ai. Ela é Mãe, é a mulher silenciosa, e penso que um dia no céu nós iremos saber de tudo o que ela realizou nos corações a partir dessa ermida.”
Comprovadamente, mais uma vez, Ela é inteiramente Mãe, tem uma missão que Deus lhe confiou nos Santuários de Schoenstatt e a cumpre. Como grande Missionária, ela vai em busca dos filhos, onde quer que eles se encontram. Ela se estabelece nos lugares mais inesperados e dali distribui graças do Santuário, fortalece vínculos e estende em todos os pontos do mundo uma Cultura da Aliança.
Agradecimento especial:
Ao Pe. Audinei por ter aceitado contar toda a história da entronização da Ermida, ao Coronel Johannes Gregoratto, que mediou o contato com Fatima Iyetunde Oladejo – Primeiro-Tenente (Md), que se encontra atualmente na Antártida, generosamente fez as fotos da ermida (no dia 30 de junho de 2016) e nos enviou. Que a Mãe de Deus os abençoe!
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