Um título que se faz com a história.
Ir. M. Nilza P. da Silva /Karen Bueno – Nossa Senhora é venerada em Schoenstatt sob o título: Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Esse título não foi criado apenas em um dia ou período, mas formou-se no desenrolar da vida e da história do Movimento Apostólico de Schoenstatt. Alguns fatos importantes fizeram o “nome” da Mãe ir aumentando, sempre para exaltar uma virtude comprovada em determinado período.
Justamente nesta quinta-feira, 2 de junho, faz 50 anos que a expressão “Vencedora” foi incluída ao título. No dia 2 de junho de 1966, o Pe. José Kentenich proclamou em Liebfrauenhoehe, no sul da Alemanha, na Igreja da Coroação, a Mãe de Deus como a grande Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Ele disse:
“Se até agora deixamos crescer a invocação por parte: Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt, queremos invocá-la, a partir de agora, ofertando-lhe um memorial, como a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
Confira um pouco de como se formou esse título ao longo da história:
Mãe Três Vezes Admirável
Em 1914 não havia uma imagem ou quadro de Nossa Senhora na Capelinha (no Santuário Original). Após selar a Aliança de Amor, Pe. Kentenich e os seminaristas refletem sobre a imagem de Maria que a Divina Providência lhes indicaria. Um professor do seminário, em 1915, presenteia-lhes um quadro de Nossa Senhora, cujo título era Refúgio dos Pecadores. Mas eles não sabiam disso, então buscam um título para a imagem.
Fazendo um paralelo com a Congregação Mariana de Ingolstatt/Alemanha, cuja padroeira era chamada de “Mãe Três Vezes Admirável”, eles decidem invocar a nova imagem com o mesmo nome. Suplicando a ela que, da mesma forma como a Congregação de Ingolstatt conseguiu assegurar a genuinidade da fé católica em grande parte da Alemanha, durante o período da Reforma Protestante, também de Schoenstatt partisse um movimento de renovação para todo o mundo. Para manifestar esse pedido, acrescenta-se Schoenstatt ao título. Ficando então: Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
Rainha
No decorrer da segunda guerra mundial, quando os ideais nazistas destruíam a terra alemã, Hitler se posicionava como o único soberano. Em contrapartida, Pe. Kentenich anuncia a imagem de Cristo como Rei e Senhor. A Obra de Schoenstatt sofre duras perseguições e é ameaçada de destruição. Isso leva os membros da Obra a aprofundarem sua doação a Maria e coroá-la, em 1939, como sua única Rainha, a quem davam todos os direitos de reinar sobre suas vidas.
Após a II guerra, o Fundador acrescenta ao título a invocação de Rainha, por tudo o que ela realizou na Obra de Schoenstatt nesses anos difíceis. Pe. Kentenich estimula os membros da Família de Schoenstatt a uma confiante entrega total ao seu poder intercessor. Ela passa a ser invocada como Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
Vencedora
Entre os anos de 1951 a 1965, mais uma vez, a Obra de Schoenstatt passa pelo cadinho da purificação por meio do sofrimento. Dessa vez trata-se da comprovação por parte da Igreja. O Fundador é exilado por 14 anos e nesse período por muitas vezes sua Obra esteve suspensa no sinal da cruz, em grande perigo de ser dissolvida por autoridades eclesiásticas.
Pe. Kentenich e seus filhos espirituais vêm tudo isso como uma permissão divina para que tanto mais possam amar a Igreja e aprofundarem a confiança no poder de Maria. Entregam a ela todas as dificuldades, julgadas humanamente impossíveis de se resolverem a favor de Schoenstatt. Ela haveria de vencer! E venceu! Após o Concílio, o Fundador é reabilitado pela Santa Sé e toda a Obra é reconhecida como fruto do atuar do Espírito Santo.
O divino, mais uma vez, irrompe em Schoenstatt e a Mãe de Deus comprova-se como a Vencedora das grandes batalhas. Por isso, no dia 2 de junho de 1966, Pe. Kentenich a proclama Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Enquanto os filhos de Schoenstatt permanecerem fiéis a Aliança de Amor, ela continuará cuidando de sua Obra.