Karen Bueno – Já atravessamos a linha de um século e aos poucos vamos nos distanciando das primeiras gerações que viveram e conheceram o Pai, mesmo assim seu espírito permanece vivo, move e conduz a Família de Schoenstatt. Ao celebrar os quase 108 anos de Schoenstatt, a paternidade do Fundador é sentida sempre mais de perto por aqueles que consagraram os corações à Mãe de Deus pela Aliança de Amor.
Recordando as palavras do jubileu de 2014, vimos que “a graça de Deus necessita somente de uma única pessoa para realizar grandes coisas na Igreja e no mundo” – isso diz o Papa Francisco sobre o início da Obra de Schoenstatt e sobre a “única pessoa”, o Pai e Fundador, que se colocou como instrumento para realizar grandes coisas.
No dia 18 de outubro de 2014, o Cardeal Giovanni Lajolo reflete sobre o que move o Pe. Kentenich a ter uma atitude tão ousada: “Voltemos nosso olhar para a origem. No princípio estava somente a fé do Pe. Kentenich. ‘Anda na minha presença e sê perfeito’ (Gen 17,1). A ordem de Deus a Abrão, o pai da fé, pelo visto se aplica também ao Fundador da Obra de Schoenstatt, pois a ele foi presenteada uma fé viva na Providência. Ele viu vida e mundo, vida cotidiana e guerra mundial, atualidade e história sob à luz da condução de Deus e seu plano de sabedoria, bondade e poder. Seu passo ousado na fundação de algo novo foi dado à luz e à força desta experiência de fé”.
Vinculação espiritual à pessoa do Fundador e a fidelidade à sua missão
São João Paulo segundo assim aconselha a Família de Schoenstatt: “A experiência secular da Igreja os ensina que a íntima vinculação espiritual à pessoa do Fundador e a fidelidade à sua missão – uma fidelidade que está sempre de novo atenta aos sinais dos tempos – são fontes de vida abundante para a própria fundação e para todo o povo de Deus.
Vós sois chamados a participar da graça que vosso Fundador recebeu e a colocá-la a disposição de toda a Igreja. Porque o carisma dos Fundadores se revela como uma experiência do Espírito, que é transmitida aos seus seguidores, para que vivam, protejam, aprofundem e desenvolvam constantemente em comunhão e para o bem da Igreja, a qual vive e cresce em virtude de sua fidelidade ao seu Divino Fundador” (Roma, 20 de setembro de 1985).
Juntos no coração do Pai
Ao celebrar a Aliança de Amor, pensemos o que o Pai espera de nós, qual seu desejo na condução da Obra de Schoenstatt e como podemos lhe responder com coerência as questões de nosso tempo. Permanecemos unidos em seu coração, a solidariedade de destinos nos une na construção do Schoenstatt do novo século, que tem suas raízes bem firmes no espírito dos primeiros, na vinculação ao Fundador.
Assim ele nos fala: “A corrente que desde 1914 percorre o mundo abrangeu-nos. Nessa corrente vivemos, nessa corrente nos movemos. Daqui decorre também a relação singular que têm comigo e eu com os senhores. Embora não nos conhecêssemos, eu já os representava. Por isso também devem prever que sua sorte, em última análise, seja participação na minha sorte”.
Pai, contigo queremos transfigurar hoje a realidade!