Ir. M. Nilza P. da Silva – Desde outubro de 1717, quando a Imaculada Conceição Aparecida deixou-se encontrar naquela simples e pequenina imagem, ela não para de mostrar o poder e a grandeza de Deus, capaz de fazer coisas impossíveis. Começou com os muitos peixes, na abundante pesca depois de seu encontro nas curvas do Paraíba, acendeu as velas na hora do terço, quebrou as algemas do escravo Zacarias e nunca mais mais parou de “milagrar”.
Atrair Maria para realizar milagres
Quando vamos ao Santuário Nacional, em Aparecida, um lugar sempre impressiona: a Sala das Promessas. Nesse local estão mais de 200 mil símbolos, chamados de ex-votos (palavra que vem do latim “ex-voto suscepto”, que significa “por um voto alcançado”), em agradecimento por graças e milagres recebidos por intercessão de nossa querida Mãe do céu. As paredes e o teto são revestidos de cerca de 70 mil fotografias. São filhos dessa Mãe que querem permanecer ali com ela, ao menos no sinal de sua face, para que ela sempre os abençoe. Mensalmente, são recebidos cerca de 19 mil novos ex-votos, que vem de pessoas de todas as classes sociais, desde as muito famosas aos mais anônimos.
Tudo isso testemunha que Deus é Pai e nunca abandona os seus filhos. Cada graça, cada milagre, é um presente de seu amor misericordioso, pelas mãos e o coração de Maria. É para isso que e a Mãe e Rainha de Schoenstatt se estabelece nos seus Santuários em todo o mundo. No dia da sua fundação, em 18 de outubro de 1914, em sua conferência aos rapazes, Pe. Kentenich diz: “Não podemos, sem dúvida, realizar uma maior ação apostólica, não podemos legar aos nossos sucessores uma herança mais valiosa, do que mover Nossa Senhora e Rainha a estabelecer aqui, de maneira especial, o Seu trono, a distribuir os Seus tesouros e a realizar milagres da graça.” (Doc. de Fundação)
Ela precisa de nós para transformar os corações
Mas, a diferença entre Aparecida e Schoenstatt é que, pelo carisma que Deus entregou a Schoenstatt, desde o começo, corresponde a espiritualidade schoenstattiana que Maria não realize esses milagres de graças sozinha. Mas, que os faça por meio da contribuição de seus filhos. Essa contribuição humana é chamada por nós de “Capital de Graças“, expressa o mútuo compromisso e responsabilidade assumida na Aliança de Amor.
Outro ponto interessante, é que, em Schoenstatt, como explica o Pe. Kentenich, desde o começo, o pedido era “que Nossa Senhora Se mostrasse como a grande educadora e fizesse milagres de educação de transformação espiritual.” (1963) Em Aparecida, os sinais dos milagres recebidos indicam algo relacionado a cura ou proteção da vida. Enquanto que no pequeno Santuário de Schoenstatt, a Mãe e Rainha exerce de modo muito saliente a sua missão como Educadora e por isso, apesar de acontecer muitos milagres de curas físicas, o que mais acontece é de transformação interior, as pessoas encontram o sentido da vida, o ideal pelo qual se empenham com alegria.
Peregrinar com fé
O mais importante é que, em ambos Santuários, as pessoas vem com o coração aberto, para acolher as graças divinas e deixar-se encontrar por Deus. Ou vem para agradecer pela experiência de milagres já recebidos. São lugares em que o céu toca a terra e por isso precisamos visitá-los como peregrinos, como filhos que confiam no amor da Mãe. Como Pe. José Kentenich dizia, repetindo as palavras de São Vicente Paloti: “Ela é a grande Missionária. Ela realizará milagres!”