Pelo ar, pela água, pela vida… por tudo!
Karen Bueno – O último mês do ano é uma boa ocasião para pensar as conquistas e os desafios que enfrentamos durante os 365 dias que se passaram. De todos os sentimentos e desejos, o que prevalece – ou deveria – é sempre a gratidão, já que certamente motivos não faltaram para ser grato, ainda que 2022 possa não ter sido o melhor de todos.
Por isso hoje cada pessoa é convidada a recordar tudo aquilo pelo que é grata, as coisas boas que lhe tocaram durante o ano, muitas vezes despercebidas. Não é um momento de nostalgia ou preocupação porque o tempo corre depressa, mas da certeza de que Deus toca pessoalmente a história, a vida, a missão de cada um e está presente em todos os dias do ano, com seu amor paternal. Nas palavras do Pe. José Kentenich, “precisamos examinar toda a nossa vida na perspectiva das misericórdias de Deus” (29.04.1947, Ribeirão Claro/PR).
Este texto não traz respostas, mas perguntas, ele quer instigar a descobrir o cuidado paternal de Deus que esteve presente em todo 2017: “Não temais, pois. Até os fios de cabelo da vossa cabeça estão todos contados” (Lc 12, 7). É hora de colocar os “óculos da Aliança” e desvendar a ação da Divina Providência em cada história: “Sou objeto da Providência especial, ou seja, sou amado pessoalmente por Deus… sou amado por Deus de um modo único” (Pe. José Kentenich).
Cada um sabe o que lhe foi mais importante neste ano, aquilo que deve ser guardado com carinho na caixinha da memória para o novo tempo, por isso, pegue papel e caneta na mão e viaje pelos meses anteriores a procura das coisas que devem ser levadas sempre na bagagem…
Podemos nos perguntar:
Que momentos – desde os mais simples (passeios, encontros, reuniões) até os mais marcantes (casamentos, viagens, mudanças) – deram um colorido diferente ao meu ano? É possível repeti-los?
Como foi o ano em família? O que se pode extrair de bom para o próximo ano?
Quais pessoas eu conheci, que hoje me são importantes? Cultivei e aprofundei também os antigos vínculos com meus velhos conhecidos?
Tive, em 2022, conquistas espirituais e materiais em minha vida? É hora de recordá-las…
Faltou-nos alimento, moradia, roupas ou calçados? Deus está por trás disso, devemos lhe agradecer…
Deus, Pai de Misericórdia, está comigo em todos os momentos. Percebemos e agradecemos por sua presença?
Pude enxergar Deus comigo na rotina de trabalho? Também na presença dos colegas e superiores?
Em quantas Missas pude encontrar-me pessoalmente com o Senhor? Valorizo e desejo ter mais momentos como esse?
Lembrei-me de Maria como minha Mãe e lhe demonstrei todo meu carinho?
Em Aliança, rezemos:
“Por tudo cordialmente agradecemos, filial amor, ó Mãe, te oferecemos. O que faríamos se com tanto ardor, não nos cuidasse teu materno amor?
De grandes aflições nos libertaste, com fiel amor a ti nos cativaste. Eternamente quero graças dar e sem reservas a ti me consagrar” (Pe. José Kentenich).
Publicação original: 27 de dezembro de 2017