Liga de Famílias: Dirigir à luz do Bom Pastor

 

Encontro de Dirigentes da Liga de Famílias no Regional Coração Tabor

Ir. M. Nilza P. da Silva – Cada dia surge muitas coisas novas, sobre o uso da Inteligência Artificial. A onda do momento é ganhar tempo e em vez de fazer pesquisas, deixar que o chatGPT o faça. Ali as soluções são apresentadas com uma rapidez incrível, reunindo propostas de milhares de especialistas. Se perguntamos, por exemplo, como cuidar bem das ovelhas, indica algumas “responsabilidades que precisam ser executadas regularmente”. Entre elas estão: dar abrigo, cuidar da alimentação, tratar com cuidado.

Mas, quando perguntamos como cuidar das pessoas, após dar as indicações, resumindo tudo o que dizem os especialistas, o chatGPT faz a observação: “Cada pessoa é diferente e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. É importante abordar cada situação com empatia, ser flexível e adaptável às necessidades de cada um.” Ou seja, a inteligência artificial faz um trabalho maravilhoso, mas, nada substitui o relacionamento humano. Por isso, ser líder de grupos é algo que não se faz sozinho, é necessário seguir juntos e deixar-se conduzir pelo Espírito Santo.

 

Liga de Famílias com a mão no cajado

Por isso, nos dias 4 e 5 de março, 24 casais, dirigentes da Liga de Famílias, vindos de 15 cidades, dos estados de São Paulo, Brasília e Minas Gerais, se reuniram junto ao Santuário da Mãe e Rainha, Tabor da Permanente Presença do Pai, em Atibaia/SP, para rezar, refletir, aprender e trocar ideias sobre a condução de outros casais que pertencem ao Ramo.

No início de sábado, ao se apresentar, “cada família recebia o cajado de outra família, símbolo da eleição, um momento alegre, dinâmico e profundo,” conta Gláucia Maria Berti Girotto e Sigmar Berti, de Taquaritinga/SP, e continuam: “Em seguida acolhemos o novo assessor regional da Liga de Famílias Pe. Antonio Bracht e os demais assessores, que também receberam o cajado e o entregou a nossa Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, exemplo de Bom Pastor para nós.

 

Cada dirigente, um bom pastor

O primeiro tema do encontro foi dado pela Ir. M. Gislaine Lourenço, Assessora da Liga de Famílias, no Regional, que nos fez refletir sobre ‘Como dirigir à luz do Bom Pastor’. Essa temática permeou todo o encontro. Quem é o bom pastor? Jesus Cristo. Pe. Kentenich deixou-se guiar totalmente pelo bom pastor o que fez sua missão ser tão frutuosa.”

Eles contam que os dirigentes conversaram entre si sobre como estão realizando essa missão e como podem melhorar. Conheceram um pouco mais sobre “Francisco Ziober, o herói de Schoenstatt, dirigente da Liga de Famílias, que doou sua vida pelo ramo. O casal Johannes e Zeliane Gregoratto, de Brasília/DF, também deu dicas para saber lidar com dificuldades. André e Alessandra Ferreira, do Instituto das Famílias, enfatizaram a dimensão apostólica do bom Pastor.

Marcos e Elizabete Peiró, de Araraquara/SP, partilha: “Nós refletimos e ficamos com a certeza que foi o encontro mais completo que participamos: cheio de novidades, belas palestras, tema muito bem explicado, com uma linguagem simples… Temos como Missão, a grandiosidade em sermos dirigentes, Pastores dos nossos grupos, sem esquecermos que numa hora também seremos ovelhas. Durante o evento houve o envolvimento de todos os casais, todos conversaram com todos. Aprendemos que o verdadeiro dirigentes não cria grupinhos, mais sim junta as pessoas.”

 

Atmosfera de família

Uma forma de unir a todos os participantes, como narram Gláucia e Sigmar, foram as ofertas “ao Capital de Graças: cada casal deveria rezar pelos outros 23 casais. A oração rezada era escrita e colocada dentro de um saquinho, que ficava num painel, com o nome dos casais. Além das orações, alguns deixavam mensagens para os outros.”

Isso faz sentido, pois como diz a Ir. M. Gislaine: “Este encontro é importante para formação do dirigente, o aprofundamento na espiritualidade de Schoenstatt, mas também o fortalecimento dos vínculos. Partilha e troca de experiências nas práticas para motivar as nossas famílias em seu ideal, ‘Santuario vivo de Schoenstatt, um novo Nazaré, Tabor para o mundo’”.

A alegria na boa conversa, durante os intervalos, indicavam o quanto cada dirigente estava de fato conectado com o tema e animado em sua missão. Nos momentos de oração, santa missa e adoração, cada um trazia consigo todas as famílias do Ramo de seu local, assim, o espaço era pequeno e o tempo curto para tantas intenções.

 

 

Comprometidos e com vontade de servir a missão

Pe. Antonio Bracht, Assessor Regional da Liga de Famílias, está presente e faz várias contribuições, durante esses dois dias. Ele diz que, os dirigentes da Liga de Famílias “são pessoas firmes, comprometidas, com vontade de servir à missão. Pelo que pude perceber as realidades locais são muito diversas, tanto no tamanho dos ramos locais como no perfil das famílias abrangidas. Isso é um desafio para os dirigentes, terem que trazer as propostas de trabalho para a realidade dos seus locais. Mas, ao mesmo tempo, isso assegura que o que foi oferecido seja alimento para as famílias do lugar. O ambiente entre os casais é de alegria e confiança. Eu me senti à vontade entre eles!”

Para motivar ainda mais, sua “autoeducação na missão do ser dirigente e novos impulsos para realização de uma Liga de Familiais em missão”, como finaliza a Ir. M. Gislaine, ao ser enviado de volta para seu local, cada casal recebeu uma ovelhinha para lembrá-los do compromisso assumido: Ser dirigente à luz do bom pastor, aplicando o que aprendeu nesses dias, não como uma combinação de algoritmos, mas, dedicado pessoalmente a cada pessoa que Deus lhe confia.

 

Fotos: Liga de Famílias Araraquara

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