Reflexão do Pe. José Kentenich na Solenidade da Imaculada Conceição em 1962:
Olhando ao redor, ou acima de nós, para contemplar a figura da querida Mãe de Deus como a Imaculada, haveremos de confessar que Ela reproduz, por excelência, o que vislumbramos no plano de Deus sobre nosso ser, vida e ação. Ela […] é a obra-prima insuperável do amor de Deus, de sua sabedoria e de sua onipotência.
É obra-prima! Nós não o somos. Considerando o que nos é dado conseguir com o auxílio da graça, sob certo ponto de vista, concordamos sermos também nós obras-primas. Porém, comparados com a imagem da querida Mãe de Deus, seremos sempre uma obra imperfeita aqui na terra, como também, em certo sentido, também no céu. Perante a obra-prima, seremos sempre obra inacabada. Obra-prima insuperável é o modelo a que aspiramos.
O Cardeal [Michael von] Faulhaber, numa oportunidade, formulou o seguinte raciocínio: se Deus, movido por sua sabedoria, amor e onipotência infinitos, se propõe a executar uma obra de arte, como cristãos, de antemão teremos que nos convencer de que não cessaríamos de nos maravilhar, nem nos cansaríamos de nos curvar diante da maravilha dessa obra. Cairíamos de joelhos cheios de pasmo e de admiração sem fim.
[A figura da querida Mãe de Deus] é a obra por excelência das mãos divinas. Ajuntamos, conforme nosso modo de pensar, ser Ela a obra do amor infinito de Deus, de sua sabedoria e onipotência, a superar infinitamente todas as demais criaturas.
Devo ser um outro Cristo, uma outra Maria
Caros ouvintes, ao contemplar este conjunto de verdades e ao estabelecer a comparação entre a imagem ideal e seu reflexo […], em nós irromperá com orgulho e exclamação: “Deo gratias” (demos “graças a Deus”) por sermos homens (seres humanos)! “Deo gratias” por estarmos inseridos no plano de Deus e pela tarefa a se desempenhar neste plano.
Em que consiste minha tarefa? Em ser como Ela.
Como quem? Imitar a Mãe de Deus, segui-la, esforçar-me por vencer, com o tempo, a distância entre Ela e nós. Já antes dissemos: nosso ideal deveria ser – especialmente para nós que selamos uma Aliança de Amor com a querida Mãe de Deus – nosso ideal deveria ser não só tornar-nos “alter Christus” (outro Cristo), mas também “altera Maria” (outra Maria). Alter Christus! Queremos e devemos encarnar, de modo original, os traços do Salvador. Dado que a Mãe de Deus figura como colaboradora oficial do Redentor e reflete, de maneira singular, o retrato original, impõe-se para nós tornar-nos “alter Christus” e também “altera Maria”.
Sermão à Comunidade Alemã em Milwaukee/EUA, no dia 9 de dezembro de 1962, 2º Domingo do Advento.
Fonte:
KENTENICH, Pe. José. A imagem cristã do homem. Coleção “Viver da Fé”, vol. 4
Foto: Larissa Rodrigues
Hj celaremos nossa aliança de amor como casal c a mae Rainha! O faremos com consciência de que nada somos ,mas ela nos educará e nos encaminhará! “A graça pressupõe a natureza”!
Agradeço a Ela pois sei que nos atrai para junto de seu filho!