Por nós foi dado, por nós nasceu, da Virgem imaculada!
Ir. M. Nilza P. da Silva – Nobis datus, nobis natus, exintacta Virgine. Quantas vezes lemos estas palavras gravadas nas portas do Tabernáculo, no Santuário de Schoenstatt. Elas nos indicam que o Tabernáculo e a Manjedoura estão estreitamente unidos.
Tanto no Natal, como em cada celebração eucarística, é o divino que vem ao encontro da pequenez humana. É a humildade de um Deus, Pai de amor e misericórdia, que tem sua alegria em estar com seus filhos. ”O Verbo se fez carne e habitou entre nós”, afirma São João (Jo 1, 14). “Eu estarei sempre convosco, até o fim do mundo…”, continua São Mateus (Mt 18, 20).
O Natal em cada Santa Missa
Acostumados com o barulho e a agitação de nossa cidade, com as exigências de nossos compromissos, muitas vezes não nos damos conta de que Deus continua nascendo, cada vez que o sacerdote eleva o cálice e pronuncia as palavras da consagração. Cada confissão é um advento, no qual preparo a manjedoura de meu coração para acolher Jesus que vem a mim, pequeno e humilde, feito pão, na eucaristia.
Sempre de novo Ele é gerado pela Virgem Maria. Na carta para o Ano da Eucaristia, São João Paulo II escreve que “a Virgem Santa encarnou a lógica da Eucaristia na sua existência inteira. A Igreja, vendo em Maria o seu modelo, é chamada a imitá-la também na sua relação com este mistério santíssimo. O Pão eucarístico que recebemos é a carne imaculada do Filho” (31). Escreve ainda que “no sacramento da Eucaristia o Salvador, que encarnou no seio de Maria, continua a oferecer-se à humanidade como fonte de vida divina” (7).
Que Maria nos conduza a um encontro pessoal com Jesus sacramentado. E os frutos deste encontro seja nosso serviço desinteressado a Jesus, presente no irmão que sofre.