O núcleo deste caminho está no amor
Ronaldo e Adriana Cominato – Santidade é amar! E o que é amar?
Dentre muitas explicações, nós nos identificamos muito com a que encontramos lendo o livro Amor e Responsabilidade (João Mohana):
“É fazer o que é preciso, a qualquer hora e em qualquer lugar, inclusive em hora e lugar incômodos”
Foi exatamente assim que Jesus amou.
Se amo, assemelho-me a Jesus, como fizeram todos os santos.
O que nos move deve ser o amor.
No início deste ano fizemos um Retiro em Família e, junto com nossos filhos, pudemos meditar um pouco sobre as virtudes e os defeitos de alguns santos. Reconhecendo que temos defeitos, assim como os santos, cada um de nós pode se perguntar:
O que fazer com eles? Deixar que atrapalhem minha santificação? Deixar que impeçam a santificação de quem Deus me deu? (esposo(a), pais, filhos, irmãos)
Pudemos refletir sobre ter um coração grande, estar à serviço, ser magnânimo, ou seja, realizar bem as atividades de cada dia, os compromissos, os encontros pessoais. Saber ponderar sobre tudo o que é bom e o que é mau.
Lemos a passagem bíblica (Lc 10, 30-37) que nos levou a uma reflexão:
Amamos como o samaritano, como o sacerdote ou como o levita?
Sabemos fazer o que é preciso?
“Se sabemos, só fazemos impondo condições de tempo e local? Ou será que pretendemos nos santificar vivendo um ‘amor’ condicionado ao nosso paladar, às nossas preferências?”
Santidade é trabalhar o nosso egoísmo, é sair de nós mesmos, da tentação de nos fecharmos nos nossos esquemas, que acabam por fechar o horizonte da obra criativa de Deus. É ser livre para escolher sempre o bem e isso é algo exigente, como foi para o samaritano (que precisou sair da sua rota, do que tinha planejado), mas fará de nós pessoas que sabem enfrentar a vida, pessoas com coragem, alegria e paciência.
“Sim, tu és o guarda do teu irmão!”
Essa frase nos acompanhou numa conquista em família para o Natal de 2018 e também tem um sentido muito especial e profundo com o ideal de nosso Santuário Lar Castelo de Vida. Ser santo significa ser guardas uns dos outros! Se há ruptura disto, o irmão que devíamos guardar e amar se transforma em adversário a combater, a suprimir.
Queremos encerrar com as palavras de nosso Pai e Fundador em 14/04/1947:
“No Hino da Minha Terra está condensado tudo quanto se pode imaginar de belo…e se suportam com alegria sacrificial… É preciso saber suportar-se mutuamente para acolher-se mutuamente. Assim acolheremos nossos irmãos em nossos corações.
O verdadeiro amor consiste em estar, espiritualmente, um no outro. Assim a terra se converterá em céu. Geralmente temos uma concepção unilateral do que seja o céu e consideraremos que o céu seja somente o estar em Deus. Porém, é, também estar um no outro. Nosso céu consiste em acolhermo-nos mutuamente”
* Contribuição do Instituto de Famílias de Schoenstatt