Ir. M. Nilza P. da Silva – Estamos fazendo uma série de publicações sobre o tipo brasileiro, assim como o Pe. José Kentenich nos caracteriza. O objetivo é conhecer e amar o que somos, para louvar a Deus por isso e educar-nos para sermos cada vez melhor.
Há pouco, vimos um lado de sombra, o sentimento de inferioridade. Hoje, deixemo-nos iluminar pela beleza da estrutura que temos,
1. A filialidade espontânea
A Ana Beatriz Biagioli Manoel Suzan, que é Logoterapeuta e pertence à União de Famílias de Schoenstatt, nos conduz nessa reflexão:
Pe. José Kentenich nomeou as nossas boas características de três luzes do “tipo brasileiro”. Em abril de 1951, em Santa Maria, o Pe. Kentenich disse:
“O que o latino tem a dar… é algo sumamente belo. O que é? A filialidade inata, espontânea, irreflexiva. Este é um bem tão grande… Ele traz esta filialidade consigo… O latino possui a dedicação filial religiosa. A verdadeira piedade consiste naquilo que o latino traz consigo por natureza. A piedade não consiste tanto no grande valor moral, porém na dedicação filial. Sempre é valioso, conhecer-se a si mesmo. Não tendes motivos para sentir-vos inferiores. É preciso que vejais também o vosso lado belo. Que quer dizer isto? O bom Deus nos deu este lado tão belo, a filialidade”
Pode ser que achemos que todas as pessoas tenham facilidade para serem dóceis diante de Deus, no entanto, como a Ana Beatriz mostrou, Pe. Kentenich nos mostra que não é assim. Quando viajamos para outros países e convivemos com outras culturas também experimentamos isso: nós temos uma fé inata, espontaneamente nos comportamos como filhos diante de Deus e isso é muito belo, é um presente que Deus deu ao nosso tipo brasileiro: recebemos a filiação divina, pelo batismo, e temos alegria em nos comportarmos assim diante de Deus. A Ana Beatriz continua:
Vamos aprofundar um pouco mais?
Ser filho diante de Deus!
Nosso Pai e Fundador percebeu que nos sentimos naturalmente filhos de Deus. Se soubermos utilizar essa luz para o desenvolvimento da nossa personalidade, poderemos viver à luz da Fé Prática na Divina Providência. O Pe. Kentenich no ensina que devemos buscar constantemente o querer de Deus, na ordem objetiva do ser, ou seja, a vontade divina que determina a ordem da vida, nas “vozes” do tempo e da alma. O que facilita nos deixar educar pelo Bom Deus e pela Mãe de Deus.
Podemos aproveitar essa luz para vivermos a Fé Prática na Divina Providência, que nada mais é que a fé vivida no dia a dia, a fé num Deus pessoal, como um filho se relaciona com o pai, assim podemos aprofundar nosso relacionamento com o Bom Deus. Ao exercitar essa filialidade espontânea podemos olhar para cada acontecimento da nossa vida, como um chamado de Deus, que diz: Filho (a), vem ao meu coração!
Então, você gostou? Se identificou com essa característica? Fique atento, pois ainda faltam quatro…
Veja também:
Os lados de sombra de nosso tipo brasileiro
1 – O complexo de inferioridade
3 – Movidos pelos sentimentos (falta de exigências)
As luzes de nosso tipo brasileiro