Provas de amor no dia a dia.
Pe. Nicolás Schwizer – As cruzes da santidade são cruzes que nos chegam de Deus e não devemos temê-las, pois Ele não nos manda nenhuma cruz que não sejamos capazes de suportar. Sabemos que não é fácil aspirar à santidade, lutar diariamente para melhorar e superar nossos defeitos, mas, se levarmos a sério essa luta, ela se converte em uma cruz fecunda e abençoada.
– Magnanimidade: É a primeira cruz que a aspiração à santidade nos impõe. A magnanimidade é própria de um ser que busca algo grande, que aspira às alturas, que trata de realizar seus elevados ideais. É uma grandeza de alma que não busca a si mesmo, mas somente a Deus e sua vontade. Em tudo deseja o maior e o mais perfeito, por amor a Deus. Como em poucas virtudes, se manifesta nela a harmonia entre o atuar divino e o humano. Magnanimidade é o segredo da autentica nobreza humana e é o mistério dos santos. Sem magnanimidade não há homens e mulheres autênticos, senão somente medíocres. E nós? Somos magnânimos como a águia, que procura chegar ao sol? Ou somos egoístas e mesquinhos como as galinhas, que se interessam apenas por seu pedaço de terra? Ou tememos, talvez, a cruz da renúncia e da entrega generosa?
– Heroísmo: Sem heroísmo não podemos viver uma vida matrimonial e familiar cristã – aguentar um ao outro todos os dias, ignorar os defeitos do outro, amadurecer em nosso amor ao tu, manter uma fidelidade inquebrantável. Mas, por nossas próprias forças não poderemos viver diariamente esse espírito de mártir. Necessitamos uma força superior. A Virgem Maria tem que implorar por nós ao Espírito Santo com seus sete dons. Apenas se estivermos sob a influência do Espírito Divino poderemos viver esse heroísmo cristão. Sentimos algo desse espírito extraordinário em nós? Ou pertencemos àqueles dos quais dizia o Pe. Kentenich: “Nas tumbas descansam os que tinham visões grandes e que realizaram obras grandes; sobre suas tumbas nós nos arrastamos como uma geração de pequenos homens”?
– Sacrifício: Outra cruz que forma parte de nossa santidade é a mortificação ou sacrifício, em suas múltiplas formas. Trata-se de atuar contra os desejos de nossos instintos e nossa natureza. O Pe. Kentenich dizia que o grau de mortificação é o grau de nossa santidade. O que conta não é tanto o amor afetivo, e sim o amor efetivo. E este não se manifesta em palavras e carícias, mas nos sacrifícios que estamos dispostos a realizar pelas pessoas amadas. Quais devem ser nossas formas principais de mortificação? Meu primeiro campo de mortificação há de ser: educar e polir meu próprio temperamento e caráter.
Meus melhores sacrifícios são aqueles que aperfeiçoam minha natureza. Por meio de nosso esforço ascético permanente, de uma autoeducação sistemática, vou dominando e superando meus defeitos, os quais já hei de conhecer, a esta altura da vida. Podemos fazer sacrifícios que ajudam o corpo a ser mais nobre e superar seus caprichos: por exemplo preguiça, gula, tendência a gozar excessivamente, comodidade, menor esforço, mania dos calmantes, escravidão do cigarro, etc.
Havemos de buscar nosso ponto débil nesse sentido e não perdê-lo nunca de vista. Devemos tratar nosso corpo com “amor respeitoso e com sábia severidade”. Outro campo de mortificação é minha vida profissional. Escolho aqueles sacrifícios que me ajudam a cumprir meus deveres laborais da maneira mais perfeita possível. Talvez devesse ler, no lugar de ver novelas, revistas de minha profissão para seguir formando e atualizando-me.
Perguntas para a reflexão
1. Tememos a cruz da entrega generosa?
2. Que esforços faço para corrigir meus defeitos?
Se deseja escrever, comentar o texto ou dar seu testemunho, escreva para: pn.reflexiones@gmail.com
Foto: Schoenstatt International Communication Office 2014
A cruz trás consigo uma mensagem forte. Ela é símbolo do amor maior. Jesus pendente na cruz sofreu horrores, sua agonia foi tanto que do alto da cruz exclamou: “Pai em tua mão entrego o meu espírito,” declinou a morreu. “O véu do templo se rasgou e uma voz vindo do aldo disse: “esse é meu filho muito amado”. O filho de Deus, passa por tamanha humilhação, mas fomos consolados, reconciliados pois o sofrimento de Cristo foi o preço da nossa salvação.